Chapa única não significa paz política no Palmeiras

  • Por Fredy Junior/Jovem Pan
  • 01/10/2016 10h33
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Reprodução paulo nobre

Esta sexta-feira (30) foi último dia de inscrições das chapas para concorrerem à presidência do Palmeiras. E o que se esperava aconteceu: apenas a chapa de situação foi inscrita com Mauricio Gagliote como candidato a presidente e mais os nomes de Genaro Marino, Antonino Jesse Ribeiro, Victor Fruges e José Carlos Tomaselli como vices. Desde a década de 80, quando Nelson Duque foi presidente, que o clube não tinha chapa única nas eleições presidenciais.

Mas isso não significa que a política do clube esteja em paz. 

No próximo dia 10 de outubro acontece o filtro do Conselho Deliberativo, e a chapa inscrita precisa do apoio de 15% do conselho para seguir para votação da Assembleia Geral de Sócios, que acontecerá em novembro. Com certeza, o candidato apoiado pelo atual presidente Paulo Nobre passará pela primeira etapa, porém a oposição, que não conseguiu articular uma chapa, está prometendo que seus membros votem em branco. Essa atitude não mudará o cenário da chapa única, mas mostrará que não existe um consenso político no clube.

Além disso, em fevereiro do ano que vem, acontecerão eleições para o Conselho Deliberativo do clube. São quatro chapas que já montam seus candidatos: Palestra, ligada ao conselheiro Clemente Pereira; Palmeiras Forte, que tem o ex-presidente Mustafá Contursi como líder; Academia, do atual presidente Paulo Nobre; e União Verde e Branco, que tem Wlademir Pescarmona como um dos líderes. Isso mostra que existem grupos e opções políticas dentro do clube. A curiosidade nesta eleição para conselho será a candidatura de Leila Pereira, presidente da Crefisa, principal patrocinadora do futebol palmeirense. Inclusive, não se descarta que em um futuro próximo Leila seja candidata à presidência do Palmeiras.

E mesmo com chapa única, a situação palmeirense não tem uma concordância sobre a participação do atual presidente Paulo Nobre na próxima gestão. Alguns defendem que Nobre  deve seguir participando na gestão do futebol do clube, ainda mais depois que o mandatário socorreu financeiramente e ainda conseguiu gerar receitas no departamento mais conhecido do associado e torcedor palmeirense. Porém, outros não veem com bons olhos a participação do atual presidente, e apostam que Gagliote terá uma melhor relação com patrocinadores, com a WTorre em relação à Arena do clube, o que minimizaria a presente dependência com Nobre na parte financeira.

Nos bastidores, o comentário é que essa indefinição sobre a participação de Paulo Nobre está incomodando nomes importantes da situação, que acreditam que com o candidato Mauricio Gagliote a relação com o principal patrocinador, que tem acordo com o clube até o final do ano, será melhor e com a possibilidade de renovação de contrato ainda mais se a Presidente da Crefisa for eleita conselheira. Outro fator citado como fundamental para que o próximo presidente tenha total controle da gestão sem dividir com o atual presidente é a boa relação que Mauricio tem com a WTorre que pode ser fundamental para melhorar os diálogos entre clube e construtora algo que não acontecerá se Paulo Nobre seguir no comando do futebol do Palmeiras. 

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