Chapecoense deve repassar R$ 70 mil para cada família das vítimas de tragédia
Familiares das vítimas participaram de homenagens no amistoso do último sábado
Familiares das vítimas participaram de homenagens no amistoso do último sábadoA Chapecoense vai comemorar, nesta quarta-feira, no amistoso do Brasil com a Colômbia, no Rio, em duas ocasiões: quando sair gol da equipe do técnico Tite e no momento em que a renda do jogo for anunciada. O valor arrecadado será a maior parte do montante que o clube tem juntado para distribuir entre os parentes das vítimas do acidente aéreo de novembro. A estimativa é de que cada família possa receber cerca de R$ 70 mil.
O dinheiro será repassado aos familiares das 67 vítimas brasileiras da tragédia. Portanto, jornalistas e convidados que não tinham vínculo com a Chapecoense estão incluídos. A divisão será igualitária.
“Nossa estimativa, se confirmada uma arrecadação de R$ 3 milhões do jogo do Brasil, é que vai dar em torno de R$ 70 mil para cada família. Vamos dividir o valor por 67”, explicou o diretor administrativo e financeiro da Chapecoense, Roberto Aurélio Merlo.
A arrecadação do amistoso no Rio irá se somar a outros valores já contabilizados pelo clube. As doações diretas para a equipe renderam R$ 235 mil. A diretoria aguarda receber R$ 41 mil do amistoso beneficente organizado pelo meia D’Alessandro em Porto Alegre e outro valor ainda não definido da partida organizada por Zico, no Maracanã, no final do ano passado.
Outro recurso é a bilheteria do amistoso com o Palmeiras, disputado no útlimo sábado, na Arena Condá. A renda líquida, descontada despesas operacionais e encargos, deve ficar pouco acima dos R$ 600 mil.
Entre as doações já realizadas, dois detalhes são curiosos. A operação mais comum foi de pessoas que repassaram valores pequenos. “Nosso relatório tem muitas transferências de R$ 5 e R$ 10”, contou Merlo. O maior montante veio da renda de Sport x Figueirense, pelo Campeonato Brasileiro do ano passado, com R$ 96 mil.
A Chapecoense vai concentrar todos os recursos em uma conta e, depois, repassar o dinheiro para cada família. “Após a arrecadação estar concluída, será preciso cuidar de trâmites jurídicos. Mas creio que em uma semana as famílias terão o repasse”, explicou o diretor jurídico, Luiz Antônio Palaoro.
As famílias de cada jogador morto já receberam 40 salários, calculados sobre o valor registrado em carteira, pagos em conjunto pela Chapecoense e pela CBF, como seguro por morte. A diretoria vai concluir nos próximos dias a entrega das premiações pelas metas alcançadas em 2016 e no próximo mês viaja à Bolívia para tentar liberar indenizações da companhia aérea, do governo e da seguradora.
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