Chefe da equipe do Quênia na Olimpíada é acusado de roubar mais de R$ 800 mil
Stephen Arap Soi foi chefe da delegação queniana no Rio 2016
Stephen Arap Soi foi chefe da delegação queniana no Rio 2016O chefe da equipe do Quênia nos Jogos Olímpicos do Rio foi acusado nesta quarta-feira em um tribunal de Nairóbi de ter roubado US$ 256 mil (aproximadamente R$ 832 mil) das autoridades governamentais e esportivas que deveriam ser gastos com a estadia de atletas, dirigentes e outros membros da missão do país.
Stephen Arap Soi, o chefe da missão do Quênia no Rio-2016, negou as acusações. Os promotores disseram que o dirigente levou com ele US$ 234 mil (R$ 760 mil) em um voo para o Brasil sem declará-lo para a alfândega e que depois roubou outros US$ 22 mil (R$ 72 mil) em quantidades menores e em ocasiões separadas.
O dinheiro era do Comitê Olímpico Nacional do Quênia, da Federação de Atletismo do Quênia e do Ministério do Esporte, disseram os promotores. Dois outros dirigentes, o vice-presidente do comitê queniano, e o secretário-geral Francis Kinyili Paul também compareceram ao tribunal em Nairóbi e negaram a acusação de roubo de uniformes da equipe olímpica do Quênia, fornecidos pela Nike. Os promotores retiraram as acusações contra o tesoureiro Fridah Shiroya.
O caso do suposto roubo de recursos para a Olimpíada é o mais novo na enxurrada de escândalos que o esporte queniano se envolveu nos últimos anos, com acusações de irregularidades cometidas por dirigentes de alto escalão e vários resultados positivos em exames antidoping no seu atletismo. O comitê olímpico nacional do país chegou a ser dissolvido e o parlamento aprovou uma nova legislação antidoping para evitar sanções mais graves.
Apesar de todos os problemas, o Quênia fechou a Olimpíada do Rio com 13 medalhas conquistadas, sendo seis de ouro, todas elas no atletismo, o que o deixou como o segundo país mais premiado nesse esporte, atrás apenas dos Estados Unidos, e em 15º lugar na classificação geral.
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