Chefe de segurança confirma tiroteio nas imediações de hotel de Honduras

  • Por Agencia EFE
  • 17/06/2014 18h51
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Macarena Soto.

Porto Feliz (SP), 17 jun (EFE).- O chefe de segurança da seleção de Honduras, Saúl Bueso, confirmou nesta terça-feira o incidente da madrugada de segunda-feira nas imediações do hotel de Porto Feliz, em São Paulo, onde Honduras está concentrada para a Copa do Mundo, quando foram ouvidos “pelo menos seis disparos”.

Segundo informou à Agência Efe, a cidade de 50 mil habitantes amanheceu um tanto vazia pelo rumor de um suposto tiroteio contra as patrulhas policiais que vigiam o centro de treinamento e o hotel hondurenho, um incidente que a Polícia Militar de São Paulo negou à Efe por meio de comunicado.

Segundo Bueso, o tiroteio envolveu quatro criminosos comuns na vizinha cidade de Sorocaba, onde tentaram roubar dinheiro de um caixa automático.

“A perseguição policial começou em Sorocaba e passou pela estrada que liga várias cidades e que passa pela porta do hotel onde Honduras está hospedada”, explicou Bueso, que insistiu que “em nenhum momento a segurança da delegação esteve comprometida”.

Nessa mesma linha, o responsável da segurança da equipe hondurenha informou que vários membros chegaram a escutar os tiros, mas negou que o incidente tivesse algo a ver com a Copa do Mundo.

Sobre a informação publicada nesta terça-feira por alguns meios de comunicação hondurenhos, que afirmavam que foram narcotraficantes que efetuaram os disparos, Bueso indicou que desconhece a origem de ditos dados e falou que as informações que possui são “da Polícia Federal e Militar”, com quem se reúnem diariamente.

“Verificamos todos os dias as condições de segurança com os oficiais da Polícia Federal e a equipe de segurança da Fifa, que nos confirmaram que não foi contra a delegação. Confirmado isso, deixamos que sigam com sua investigação”, se limitou a dizer.

Após o relatório solicitado por Bueso ontem, quando foram aumentadas as medidas de segurança da equipe, os órgãos de segurança brasileiros confirmaram a detenção de “dois dos quatro possíveis assaltantes.

Já a Polícia Militar do estado de São Paulo comunicou à Efe ontem que “os supostos disparos não ocorreram nas imediações do Centro de Treinamento ou do hotel utilizados pela seleção de Honduras”.

Consultada novamente hoje pela Efe, a PM enviou o mesmo comunicado.

A confusão em volta do incidente também é palpável, segundo a declaração de um morador de Porto Feliz, que assegurou ter escutado “pelo menos dez tiros” em uma área próxima ao centro de treinamento onde os hondurenhos se exercitam.

Segundo contaram moradores da cidade à Efe, o alvo dos disparos teriam sido as patrulhas que vigiam as instalações e não teria tido a ver com a perseguição policial à qual Honduras fez referência.

Além disso, um tenente da Polícia Militar informou sobre uma “ameaça” recebida na noite do domingo na qual, efetivamente, ditas patrulhas seriam o alvo dos disparos.

Ontem, ao contrário do resto de dias, um helicóptero sobrevoou a cidade de 50 mil habitantes, onde a seleção hondurenha está hospedada desde o último dia 9 de junho. EFE

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