Chiellini x Piqué: o encontro entre um zagueiro clássico e um moderno

Chiellini é mais sério e clássico; Piqué é uma celebridade e tem estilo mais moderno. Em comum

Ambos são considerados dois dos maiores zagueiros da atualidade. Entretanto, possuem pouco em comum além da função em campo. Giorgio Chiellini, da Juventus, e Gerard Piqué, do Barcelona, se opõem no estilo de jogo e na imagem, e estarão frente a frente na final da Liga dos Campeões da Europa no próximo sábado, 6 de junho.

Seguindo a série de comparações entre atletas das duas equipes finalistas, a Jovem Pan Online apresenta um breve perfil dos dois defensores. Um, italiano clássico, marcador firme, representante do futebol de seu país. O outro parte da abençoada geração espanhola campeã do mundo e bicampeã europeia, mais habilidoso e celebridade mundial. Confira.

Giorgio Chiellini (Juventus):

Um líder nas defesas da Juve e da Itália, Chiellini foi revelado pelo Livorno e passou pela Fiorentina antes de chegar à equipe de Turim em 2005. O técnico Didier Deschamps então mudou sua posição de lateral-esquerdo para zagueiro, onde passou a se destacar com o passar dos anos.

Chiellini passou pelo momento mais difícil da história da Juventus: a condenação por manipulação de jogos em 2006 e a consequente perda dos títulos do Campeonato Italiano das temporadas 2004-2005 e 2005-2006, além do rebaixamento para a Série B. Foi uma jornada difícil, mas o defensor ajudou o time a se reerguer.

A recompensa pelo sacrifício começou a surgir na temporada 2011-2012, quando a Velha Senhora voltou a vence o Italiano. Nas três temporadas seguintes, o feito foi repetido, além da conquista da Copa da Itália na atual temporada 2014-2015.

Até a chegada do técnico Massimiliano Allegri, em 2014, após a ida de Antonio Conte para a Azzurra, a Juventus passou a praticar um futebol mais ofensivo e menos pragmático. O esquema com três zagueiros deu lugar a um com apenas dois. Entretanto, a defesa forte, pegadora e consistente, tipicamente italiana, segue como uma das marcas do time, e Chiellini, com seu parceiro Barzagli, continua sendo peça fundamental nesse setor.

Chiellini vai reencontrar Luis Suárez na final da Champions, que lhe aplicou uma mordida na partida entre Itália e Uruguai na última Copa do Mundo. Além disso, declarou recentemente que Messi não faria no futebol italiano o que faz no espanhol. O tira-teima virá no dia 6.

Gerard Piqué (Barcelona):

Os nostálgicos do futebol à moda antiga criticam muitos jogadores modernos por seu estilo e comportamento marcados por chuteiras coloridas, cabelo arrumado, exposição excessiva na mídia e fotos no Instagram. Gerard Piqué se encaixa em praticamente todos esses quesitos. Mais que um zagueiro, ele é uma celebridade.

Piqué não tem cara de mau como Chiellini. Na verdade, é considerado um galã. Não costuma dar chutão, até pelo estilo de jogo do Barcelona, onde foi revelado e joga até hoje, após passagens por Manchester United e Zaragoza. Sabe sair jogando e chegou a fazer gol de calcanhar em partida de Liga dos Campeões.

O que lançou ainda mais a imagem de Piqué no mundo foi seu romance e posterior casamento com a cantora colombiana Shakira, com quem tem dois filhos. Ele deixou de ser apenas um jogador de futebol para se tornar uma celebridade, um queridinho da mídia e presença constante em noticiários de entretenimento.

Entretanto, isso tudo não diminui a capacidade futebolística do espanhol. Titular da Espanha na conquista da Copa do Mundo de 2010 e da Eurocopa de 2012, ele colecionou troféus pelo Barcelona. Cinco vezes campeão espanhol, bicampeão da Champions e bi do Mundial de Clubes, entre outros.

Piqué chegou a passar por uma fase ruim entre o fim da temporada 2013-2014 e o começo da temporada 2014-2015, quando teve péssimas atuações e passou perto de deixar o Barcelona. Aos poucos, no entanto, foi retomando a velha forma e passou a ser o grande líder da defesa catalã com a aposentadoria de Carles Puyol.