Chile vence a Argentina nos pênaltis e realiza sonho da 1ª Copa América

  • Por Jovem Pan
  • 04/07/2015 19h58
EFE Após empate sem gols

Demorou muito, mas o Chile conquistou, finalmente, a Copa América pela primeira vez. E foi do jeito mais emocionante possível: em casa, diante da torcida que confiava na melhor geração de jogadores do país, contra a Argentina, nos pênaltis. Os 120 minutos de jogo acabaram sem gols no Estádio Nacional de Santiago, e a decisão do torneio veio nas penalidades. Higuaín e Banega perderam; Sanchéz, de cavadinha, não perdoou. A “Roja” venceu por 4 a 1 e levou o país à loucura.

As duas equipes começaram a partida se alternando no uso da mesma estratégia: a pressão na saída de bola adversária. O Chile, mais bem sucedido nos primeiros minutos, conseguiu exercer um certo aperto e finalizar quatro vezes em 12 minutos. Na mais perigosa delas, Sánchez tabelou com Valdivia pela direita e cruzou para a área, onde a zaga argentina tirou parcialmente. Na sobra, Vidal emendou o arremate de primeira e obrigou Romero a cair no canto e espalmar.

Com o passar do tempo, a Argentina conseguiu controlar o ímpeto chileno e equilibrar novamente a partida. Em cobrança de falta de Messi pela direita, Agüero desviou de cabeça e exigiu boa defesa de Bravo. Na resposta, Vargas recebeu de Vidal em velocidade e finalizou acima do gol. A partir de então as chances diminuíram, mas o jogo continuou movimentado. Três marcadores chilenos foram amarelados e Di María, contundido, deu lugar a Lavezzi. Pouco antes do intervalo, Pastore fez bela jogada pela direita e rolou para Lavezzi pegar de primeira. Bravo, bem posicionado, espalmou para evitar o gol.

Na etapa final, o Chile tentou novamente empurrar a Argentina para a defesa, e o conseguiu, pelo menos até o adversário se soltar novamente. No entanto, Messi continuou apagado, com muitos marcadores e poucas opções à sua volta, e as chances de gol ficaram escassas. Os times passaram a apostar mais em cruzamentos e tentativas de sufoco e a final ficou com aquela cara das decisões tensas, de poucos gols e muita disputa.

A exceção veio em lançamento de Aránguiz para Sánchez, que pegou de primeira na área e mandou perto da trave esquerda. No último lance, porém, foram os visitantes que perderam chance incrível: Messi puxou contra-ataque e acionou Lavezzi, que cruzou rasteiro para Higuaín, no segundo pau, mandar para fora e perder o que seria o gol do título.

Assim, os 90 minutos, nos quais os donos da casa jogaram melhor coletiva e taticamente, mas não conseguiram definir as jogadas, acabou sem gols. Na prorrogação, o panorama não mudou, e o Chile continuou dominando a posse de bola, mas sem ameaçar a defesa argentina. A melhor chance veio numa falha individual: Mascherano furou no meio de campo e o ex-colega de Barcelona Alexis Sánchez disparou com espaço pela direita. A finalização passou perto do travessão, e o time da casa perdeu a chance de sair na frente. No segundo tempo, o empate persistiu até o fim, e a final da Copa América foi para os pênaltis.

No momento decisivo, os chilenos se mostraram concentrados, e absorveram a força de sua torcida. Matías Fernández marcou, Messi também. Arturo Vidal restabeleceu a vantagem e Higuaín isolou sua cobrança. O colorado Aránguiz bateu forte, no canto, para fazer 3 a 1, e Banega foi mal, dando de graça para Bravo. Tudo ficou nos pés de Alexis Sánchez. Como se estivesse sem pressão, ele cobrou com cavadinha, e, com grande estilo, sacramentou o título chileno. Festa no Estádio Nacional; festa num país que fez história na Copa América.

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