Chile x Argentina repetem final da Copa América: veja semelhanças e diferenças

  • Por Fernando Ciupka/Jovem Pan
  • 23/06/2016 21h38
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Agência EFE Vargas

Quase um ano depois, Argentina e Chile vão se encontrar novamente em uma final de Copa América no próximo domingo. Os chilenos provam mais uma vez que vivem a melhor safra de sua história no futebol, enquanto os argentinos buscam encerrar um jejum que já dura 23 anos, desde a conquista da Copa América de 1993.

No campo, ambas as seleções se mostraram merecedoras. As duas equipes chegaram a se enfrentar na primeira fase, em jogo que acabou com vitória dos argentinos por 2 a 1. Sem Messi, Di María e Banega comandaram o triunfo da Argentina, que provou ser grande favorita ao título ao ser a única Seleção que fechou a primeira fase com 100% de aproveitamento; o Chile se classificou em segundo lugar, com seis pontos, em grupo que teve ainda Panamá e Bolívia.

Os chilenos mostraram a sua força nas quartas de final, quando aplicaram a sonora goleada por 7 a 0 em cima do México, enquanto a Argentina também goleou no seu confronto, batendo a Venezuela por 4 a 1. Apesar do placar, o time venezuelano teve chances de complicar a partida, mas falhou em momentos decisivos. Nas semifinais, ambos eliminaram seus adversários sem grandes sustos. Os chilenos bateram a Colômbia por 2 a 0 e os argentinos fizeram 4 a 0 nos anfitriões, os Estados Unidos, com grande atuação do astro Lionel Messi.

Ataque x Ataque

O favoritismo argentino vem do bom desempenho mostrado ao longo da competição. Mas isso não é trunfo, já que sempre entram como candidatos fortes, mas amargam um longo período sem conquistas. Vale lembrar que Messi ainda não comemorou um título com a Seleção principal da Argentina.

Os “hermanos” vêm tendo como principal destaque o ataque. Em uma equipe recheada de grandes jogadores do meio pra frente, a Argentina tem o melhor ataque da competição, com 18 gols marcados. Além de ter o craque e vice-artilheiro do torneio, Lionel Messi, os comandados de Gerardo Martino provaram que são perigosos mesmo sem o astro. Com isso, ter Messi em um time que conta com Di María, Agüero, Higuaín, Lamela e cia. é a “cereja do bolo” de uma das principais equipes do mundo.

A expectativa é de uma Argentina com sede de vitória na final do próximo domingo (26) e com o craque do time buscando o título de qualquer maneira.

Em contrapartida, o Chile chega com mudanças e oscilações desde a saída de Jorge Sampaoli. Apesar da instabilidade inicial do time de Juan Antonio Pizzi, os chilenos foram se encontrando na competição das américas e chegam confiantes para a segunda final contra os argentinos.

A Seleção Chilena igualmente tem como ponto forte o ataque e prova isso também com números. Somando 16 gols na Copa América, o Chile tem o segundo melhor poder ofensivo, logo atrás do rival da final. Com dois volantes que chegam muito bem ao ataque, Aránguiz e Vidal, os atuais campeões ainda contam com Alexis Sánches e Vargas, o artilheiro da competição.

A esperança dos chilenos é que a equipe coroe a volta de um futebol com regularidade com o bicampeonato do torneio. Com o poderio ofensivo dos finalistas, é possível aguardar uma decisão com muitos gols nos Estados Unidos.

Mudanças em 2016

Os rivais são velhos conhecidos, mas isso não significa que não haverá diferenças para ambos os lados. Só a Seleção Chilena teve cinco mudanças no time campeão em 2015 para o atual.

O goleiro reserva Toselli (Universidad Católica), o zagueiro Roco (Espanyol) e Pulgnar (Bologna), o meia Hernández (Celta de Vigo) e o atacante Puch (LDU). A principal ausência no plantel dos atuais campeões da América é a do meia Valdivia, um dos destaques dos chilenos treinados por Jorge Sampaoli e que não foi sequer relacionado na pré-lista de Juan Antonio Pizzi.

Já os argentinos mudaram mais: são oito convocações diferentes dos que estiveram na final em 2015. As alterações têm foco maior na defesa, setor considerado o mais fraco da Seleção Argentina. São eles: o lateral Mercado (River Plate), os zagueiros Maidana (River Plate), Mori (Everton) e Victor Cuesta (Independiente), somando quatro mudanças somente no setor defensivo, o volante Kranevitter (Atlético de Madrid), o meia Lamela (Tottenham) e Fernández (Atlético de Madrid). A maior surpresa foi a ausência do atacante Carlitos Tevez. No seu lugar, o técnico Gerardo Martino convocou Nicolás Gaitán (Benfica).

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