Choro de Pistorius obriga juíza a adiar seu depoimento em tribunal
A juíza do caso do atleta sul-africano Oscar Pistorius, acusado de matar sua namorada Reeva Steenkamp, adiou para amanhã o depoimento no tribunal do réu depois que o corredor caiu em prantos enquanto relatava como encontrou sua companheira morta.
A medida foi decretada a pedido do advogado da defesa, Barry Roux, diante da impossibilidade de Pistorius seguir testemunhando.
Momentos antes, o atleta tinha dado sua versão dos fatos, segundo os quais atirou em sua namorada através da porta do banheiro de sua casa após escutar um barulho em seu interior e pensar que se tratava de um ladrão.
“Gritei como nunca tinha feito, pedindo ao Senhor que me ajudasse, chamando Reeva”, disse Pistorius sobre o momento em que supostamente percebeu que a pessoa no interior do banheiro era sua namorada.
Antes disso, Pistorius lembrou que tinha despertado de madrugada para pegar um ventilador que estava no terraço e levá-lo para o quarto.
Segundo sua versão, um barulho provocado por Reeva Steenkamp no banheiro o fez pensar que um ladrão tinha entrada na casa, por isso pegou sua arma e caminhando sem suas próteses foi até o cômodo e disparou quatro vezes.
Em outro momento dramático da audiência, Pistorius, vestido com roupa esportiva, tirou as próteses e caminhou sem o dispositivo para tentar mostrar ao tribunal a dificuldade e a falta de equilíbrio que sente sem as duas pernas artificiais.
O corredor se tornou o primeiro atleta da história com duas pernas amputadas e disputar uma edição dos Jogos Olímpicos, em Londres 2012.
O promotor do caso sustenta que Pistorius matou intencionalmente Reeva após uma discussão do casal, e pede que o réu seja condenado à prisão perpétua.
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