Circo da Fórmula E chega a Moscou com Nelsinho como novo líder

Moscou, 5 jun (EFE).- Com o brasileiro Nelson Angelo Piquet (China Racing) na liderança do campeonato devido à desclassificação do compatriota Lucas di Grassi (ABT) na prova de Berlim, há duas semanas, a Fórmula E chega a Moscou para a realização do antepenúltimo ePrix da temporada em clima de decisão.

Di Grassi vinha ocupando o topo da tabela de classificação desde a primeira corrida, mas foi desqualificado no eP da capital alemã, no qual havia subido no lugar mais alto do pódio, devido a irregularidades na asa dianteira e caiu para terceiro no geral, com 93 pontos.

Faltando apenas três provas para o fim do campeonato, disputado apenas em trechos urbanos, uma na Rússia e duas em Londres, que terá rodada dupla, Nelsinho é quem lidera agora, com 103 pontos, apenas dois a mais que o suíço Sebastien Buemi (e.Dams), que herdou a vitória em Berlim.

“Gosto muito dos circuitos urbanos. Gosto de desafios, e as corridas no centro das cidades são grandes desafios. Se a pista for como no simulador, a corrida será muito empolgante”, disse à Agência Efe o filho do tricampeão mundial de Fórmula 1, que completou afirmando que espera uma disputa acirrada pelo título até o final.

Os pilotos pisarão fundo no acelerador em um entorno arquitetônico espetacular, em frente às muralhas do Kremlin, a Praça Vermelha e a Catedral de São Basílio, enquanto o circuito propriamente dito passará pelas margens do rio Moskova.

“As imagens dos 20 carros rodando com o Kremlin atrás vão a dar a volta ao mundo. O lugar é icônico, e isso depois de termos corrido em lugares como ao redor do Estádio olímpico de Pequim”, disse à Agência Efe o executivo-chefe da Fórmula E Holdings, Alejandro Agag.

Como é habitual neste campeonato inovador, a corrida será realizada no sábado, horas depois do treino que define o grid de largada, para não concorrer com a Fórmula 1.

“Estamos muito contentes. As autoridades russas fizeram um trabalho excelente. É muito difícil levantar um circuito junto ao Kremlin. A corrida será um grande acontecimento, embora por ser a primeira vez e por motivos de segurança, a quantidade de espectadores será moderada”, disse o chefe da categoria.

Além de Nelsinho e Di Grassi, a categoria de motores elétricos conta com um terceiro brasileiro, Bruno Senna (Mahindra), décimo colocado da temporada. O sobrinho de Ayrton Senna espera ter um desempenho melhor que o de Berlim, onde ficou apenas em 17º lugar.

“Havia algo de muito de muito estranho no equilíbrio de nosso carro em Berlim. Os pneus não duraram nada, ficaram destruídos rapidamente. Aqui, a pista é bastante diferente, e nossos problemas não deverão ficar tão expostos”, comentou Bruno. EFE