Citadini ironiza rivais e quer Corinthians com finanças estáveis: “se for assim, ganharemos tudo”

  • Por Jovem Pan
  • 15/12/2014 14h34
  • BlueSky
Ana Cichon/Jovem Pan Antônio Roque Citadini

Vice-presidente do Corinthians entre 2001 e 2004, Antônio Roque Citadini é uma figura emblemática na política do Timão. Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o agora candidato à presidência do alvinegro garantiu que se a situação financeira do clube for “razoavelmente equilibrada”, o time conquistará todos os títulos que disputar. Sempre muito polêmico, ele citou a Arena Corinthians para provocar os rivais e garantiu que não se preocupa com um possível confronto diante do São Paulo, pela fase de grupos da Libertadores 2015.

Apoiado por nomes importantes dos bastidores corintianos, Citadini garantiu que conhece o cenário que encontrará, caso for eleito o sucessor de Mario Gobbi. “Conheço a situação financeira do Corinthians perfeitamente, sei que as dificuldades serão grandes, o time adiantou muitas receitas, então nós vamos ter que reduzir os gastos e ainda assim vamos precisar ser competitivos”, disse o ex-dirigente alvinegro.

Para ele, o clube precisa apenas gerenciar bem sua situação financeira para seguir na disputa de títulos. “Se tivermos finanças razoavelmente equilibradas, não terá para ninguém, ganharemos tudo. Todas as vezes que nos encontramos assim, passamos por cima”, decretou. 

Ele ainda explicou porque resolveu se lançar candidato, ainda que tardiamente. “Tenho um conjunto de ideias para alterar o que está errado nesse que é o maior e mais forte clube do país. Além disso, conto com o apoio de pessoas importantes, o que não torna isso uma aventura pessoal”, explicou o candidato. 

Arena Corinthians

Citadini manteve o tom ousado quando perguntado sobre a importância do novo estádio do clube. “O Corinthians fez o maior esforço para abrir o Mundial quando a Fifa disse que o Morumbi não poderia abrir o torneio. Se não fosse a Copa, não teríamos o estádio, mas se não fosse o Corinthians, Brasília teria recebido a abertura. A cidade de São Paulo tem uma dívida com o clube, imagine você a maior cidade do país não receber partidas do torneio?”, indagou.

Ele garantiu que não há um desespero dentro do clube para que o estádio seja pago o quanto antes. “Nós vamos pagar o estádio e não podemos reclamar de usar a bilheteria para isso, porque isso já havia sido combinado. É um esforço que se compensa porque é um estádio magnífico. Quem vai, sente um gosto novo do futebol, tenho certeza que vai ser algo bom para a cidade. Saúdo o Palmeiras pelo seu estádio também, que é mais modesto em relação ao nosso”, cutucou.

Relação com rivais

Conhecido por declarações polêmicas sobre os rivais, Citadini parece não temer seguir com essa fama. “Quando o São Paulo enfrenta o Corinthians, já entra com as pernas bambas. Quando eu era vice-presidente, era sempre a mesma história nos jogos. Não temos nenhum receito de enfrentá-los, serão bons jogos. Vamos lotar nossa Arena e eles vão lotar o Morumbi porque lá o ingresso custa “cincão” [o Tricolor tem dado grandes descontos aos seus torcedores nas partidas disputadas dentro de casa”], disse quando perguntado sobre um possível encontro entre os times na fase de grupos da Libertadores 2015.

Sobre o rival Palmeiras, ele garantiu não ter torcido por um terceiro rebaixamento em doze anos. “Eu não defendo que ninguém caia, não fico torcendo. A segunda divisão é um trauma que ninguém deveria passar. Sou favorável ao sistema de disputa, mas não festejo quando um time cai. Agora, contra nós tem gente que solta fogos e rojões”. 

Ele ainda garantiu não conhecer nenhum dos outros três presidentes dos grandes clubes paulistas, mas brincou. “É incrível que o Corinthians seja o principal rival de todos os três, é só ir perguntar por lá”, finalizou. 

Assista a entrevista em vídeo:

 

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.