Citadini minimiza efeito de impeachment e indica que tentará presidência em 2018

  • Por Jovem Pan
  • 15/11/2016 17h50
Reprodução/YouTube Antonio Roque Citadini

Derrotado por Roberto de Andrade nas últimas eleições presidenciais do Corinthians, Antonio Roque Citadini hoje faz parte da oposição alvinegra, que não está nada satisfeita com a atual situação do clube. Atolado em problemas que envolvem desde o desmanche do time campeão brasileiro em 2015 até a construção da Arena, em Itaquera, o Corinthians pode até ver o seu presidente sofrer impeachment por irregularidades na assinatura de uma ata. 

Citadini conversou com exclusividade com Nilson Cesar, da Rádio Jovem Pan, e comentou sobre os principais problemas do clube. Conselheiro vitalício do Corinthians, o ex-vice-presidente alvinegro minimizou os efeitos de um possível afastamento de Roberto de Andrade e indicou que vai tentar se candidatar à presidência do clube nas eleições de fevereiro de 2018. 

“O problema é o seguinte: o Corinthians não sai da minha vida. A eleição é daqui a um ano e dois meses, então, na hora em que as candidaturas forem anunciadas, eu obviamente estarei envolvido em alguma das alternativas para o clube“, revelou Citadini, com exclusividade, à Jovem Pan. 

Mas eu não acho que se deva antecipar a eleição de tal maneira que um candidato fique fazendo campanha por três anos. Não sou a favor disto. O ideal é fazer a campanha apenas na época da eleição. Então, vamos deixar para falar com mais profundidade sobre este assunto daqui a um tempo, enfatizou.

Citadini foi vice-presidente do Corinthians entre 2001 e 2004 e perdeu as eleições de 2015 para Roberto de Andrade, que, curiosamente, corre riscos de ser afastado do cargo. O atual mandatário alvinegro está sendo investigado por ter assinado um documento como presidente do clube dois dias antes de ser eleito para o cargo – tal fato pode configurar falsidade ideológica. 

Citadini disse que um possível impeachment de Andrade não resolveria os problemas do Corinthians. “É claro que a responsabilidade desta crise é da direção. Os problemas que existem no futebol, no estádio… São todos culpa dessa gestão, que escondeu muita coisa e não explicou outras. O Roberto tem, sim, muitos pecados, mas não é o único culpado por esta situaçãoTrabalhar apenas por um impeachment não vai ajudar o clube a superar os seus problemas“, opinou. 

“O maior erro do Corinthians foi não ter separado as coisas na construção do estádio. O Corinthians é o Corinthians, o fundo é o fundo, e a construtora é a construtora. O Corinthians aceitou uma certa mistura geral das coisas e acabou prejudicado. Foi isto o que aconteceu”, finalizou o dirigente, derrotado nas eleições presidenciais de 2015 com 43% dos votos.

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