Clubes da China questionam limitação do número de estrangeiros no país

  • Por EFE
  • 17/01/2017 12h25

Meia Oscar durante chegada no Aeroporto de Pudong Reprodução / Instagram Meia Oscar durante chegada no Aeroporto de Pudong

Os representantes dos clubes que disputarão o Campeonato Chinês neste ano lamentaram a redução do número de estrangeiros na competição, medida que foi anunciada nesta segunda-feira para reduzir a dependência de jogadores de fora do país e frear os gastos elevados com contratações.

“Pode jogar por terra muitos planos das equipes que estão em pré-temporada, inclusive, causando perdas financeiras”, lamentou o presidente do recém-ascendido Tianjin Quanjian, Shu Yuhui, à agência de notícias pública “Xinhua”.

A equipe, por exemplo, conta com três jogadores estrangeiros para a próxima temporada: o recém-contratado volante belga Axel Witsel, o atacante Geuvânio, ex-Santos, e meia sul-coreano Kwon Kyung-won. Com Jádson e Luís Fabiano fora dos planos, o clube teria feito proposta recente por Diego Costa, do Chelsea.

Em Xangai, onde os dois principais clubes da cidades protagonizaram as duas grandes transferências da pré-temporada, o atacante argentino Carlos Tévez indo para o Shanghai Shenhua, e o meia brasileiro Oscar partindo para o Shanghai SIPG, as vozes críticas também surgiram.

“Agora, os jogadores estrangeiros viraram nosso maior problema, porque não nos deram período de adaptação para as novas regras. Temos cinco jogadores na equipe, mas só três podem jogar, então, dois ficarão marginalizados”, lamentou um dirigente, que preferiu não se identificar.

O técnico alemão Felix Magath, do Shandong Luneng – que conta com Gil, Jucilei, Diego Tardelli, o italiano Graziano Pellè e o marfinense Papiss Cissé, por sua vez, se mostrou uma voz favorável as mudanças.

“As novas regras darão mais chances aos talentos chineses e reduzirão a dependência dos clubes. Talvez, não serão notados efeitos no curto prazo, mas beneficiará a seleção do país”, garantiu o comandante.

A partir da nova temporada, que começa em março, os participantes da primeira divisão poderão seguir com cinco estrangeiros no elenco, sem a obrigação de que um seja asiático, no entanto, apenas três poderão ser relacionados para partidas.

Além disso, as equipes terão que incluir na lista de jogadores para cada partida dois jogadores com menos de 23 anos, sendo que um deles deverá ser titular. 

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