COI aprova medidas para acelerar preparativos para Jogos de 2016, no Rio
O Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou um pacote de medidas destinadas a acelerar os trabalhos de preparação dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, entre elas a exigência que no Brasil haja um organismo especial de tomada de decisões que englobe o comitê organizados e todas as esferas governamentais.
O presidente do COI, o alemão Thomas Bach, informou as decisões em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira na cidade turca de Belek, onde se reuniu a Comissão Executiva da entidade.
Depois que a maior parte das federações esportivas que participam dos Jogos manifestou ao COI na quarta-feira a preocupação pelo atraso na construção de instalações e inclusive pediram a elaboração de planos de contingência, Bach e seus colaboradores mais próximos decidiram tomar algumas decisões para acelerar os trabalhos no Rio.
“Solicitamos a nossos parceiros do Brasil que formem um corpo de decisões de alto nível, entre o comitê organizador e os diferentes níveis de governo. Também serão formados grupos de trabalho em diversas áreas, que serão nomeados nas próximas duas semanas”, declarou o dirigente alemão.
Além disso, será contratado um diretor de projetos local, segundo Bach com experiência em construção, para monitorar todos os dias o progresso obtido nas sedes das competições e na parte de infraestrutura.
O diretor-geral do COI para os Jogos Olímpicos, o suíço Gilbert Felli, que acompanhou Bach na coletiva, viajará imediatamente para o Rio para assessorar de perto os organizadores e garantir que o organismo esportivo esteja a par do estado dos preparativos.
O presidente do comitê revelou ainda que os responsáveis pela organização dos Jogos e a prefeitura do Rio aceitaram as medidas, que, segundo ele, não foram impostas.
“As decisões foram muito bem recebidas e muito apreciadas por nossos parceiros brasileiros, porque mostram o forte compromisso do COI com o sucesso destes Jogos”, salientou.
Bach acrescentou que não se trata de pôr os organizadores sob controle, mas de “mostrar-lhes caminhos para que os diferentes níveis de governo possam trabalhar juntos”.
Ao ser perguntado se a situação é comparável à de Atenas dois anos antes dos Jogos de 2004, quando o então presidente Juan Antonio Samaranch advertiu aos organizadores que o sinal de alerta estava ligado, o dirigente apenas afirmou: “não é momento de mostrar luzes vermelhas ou amarelas, mas sim colaborar para o sucesso do evento”.
As federações esportivas, que estão reunidas em Belek, expressaram graves preocupações relacionadas com as instalações, o alojamento, o transporte e a poluição na capital fluminense. Os mais preocupados são os dirigentes das modalidades que serão disputadas no Complexo de Deodoro – hóquei, tiro, hipismo, pentatlo moderno, ciclismo, rúgbi, canoagem e ciclismo -, onde praticamente todas as obras estão pendentes.
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