COI considera que Rio provou que pode realizar “grandes” Jogos Olímpicos

  • Por Agência EFE
  • 12/08/2015 20h01
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Reprodução/Empresa Olímpica Municipal Obras do Parque Olímpico seguem em bom ritmo: seis arenas serão entregues este ano

O Comitê Olímpico Internacional (COI) considera que, com a entrega da maioria das infraestruturas e o sucesso dos eventos-testes realizados, a cidade do Rio de Janeiro já deixou claro que pode organizar “grandes” Jogos Olímpicos em 2016.

O boletim de satisfação a menos de um ano da cerimônia de abertura do evento foi divulgado nesta quarta-feira pela presidente da Comissão de Coordenação do COI para os Jogos Rio 2016, a ex-atleta marroquina Nawal El Moutawakel.

A ex-atleta concedeu uma entrevista coletiva após a conclusão da nona e penúltima visita de supervisão da entidade à capital fluminense.

“Ficou provado que o Rio de Janeiro realmente pode organizar grandes Jogos Olímpicos”, afirmou a marroquina em entrevista na qual encheu de elogios as autoridades do país, do estado e da cidade.

El Moutawakel afirmou que, após seis anos de visitas desde que o Rio foi anunciado como sede dos Jogos, “é fantástico ver que o que eram promessas e hoje são realidades, e que as instalações olímpicas estão prontas ou quase prontas”.

Segundo a representante do COI, o Rio de Janeiro realizou até agora, com “total sucesso”, eventos para testar as instalações que serão usadas nos Jogos Olímpicos de 2016 para modalidades como vôlei, remo, hipismo e triatlo.

“Presenciei o evento-teste de hipismo e fiquei muito impressionada. Os brasileiros têm que se sentir muito orgulhosos desses eventos”, declarou.

A representante do COI garantiu que, como o Rio de Janeiro já entregou a maioria das instalações e não há dúvidas de que as que ainda estão em obras serão entregues nos prazos previstos, a preocupação dos organizadores é apenas com os aspectos operacionais.

“A menos de um ano para os Jogos, já podemos sentir o espírito olímpico no Rio de Janeiro. A cidade mostrou capacidade de entregar a tempo as instalações adequadas e agora o que discutimos é a parte operacional”, comentou.

O diretor-executivo do COI para os Jogos Olímpicos, Christophe Dubi, acrescentou que a parte operacional se refere a centenas de contratos que ainda têm que ser assinados não para a construção de obras, mas para a prestação de serviços durante o evento.

De acordo com El Moutawakel, o COI está ciente da crise política e econômica que o Brasil atravessa, mas descartou que isso possa afetar a organização dos Jogos Olímpicos dado o compromisso de todas as instâncias de governo e o apoio da população ao evento.

“Os Jogos Olímpicos têm um forte apoio no Brasil em meio à crise econômica e política. As obras e os eventos-testes continuam”, garantiu.

De acordo com a ex-atleta, o COI não se opõe que os brasileiros organizem manifestações pela situação que enfrentam, como foi feito antes da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014.

“O COI não é contra as manifestações. Estamos cientes do que está acontecendo no país, mas também sentimos que há um forte apoio aos Jogos Olímpicos”, explicou. 

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