COI fará auditoria em federações, comitês olímpicos e comitês organizadores
O COI contratará auditoria independente para os três grandes grupos de membros da entidade, as federações internacionais, os comitês olímpicos nacionais e os comitês organizadores de Jogos Olímpicos, conforme ficou definido em reunião da Executiva, que foi encerrada nesta quinta-feira.
“A intenção é que nós possamos garantir que o dinheiro que vem do esporte vá para o esporte”, explicou o presidente da entidade, o alemão Thomas Bach, em entrevista coletiva concedida em Lausanne, na Suíça.
O objetivo é avaliar dois aspectos, as finanças e a governância, evitando casos semelhantes aos ocorridos em outras entidades esportivas internacionais. A medida foi aprovada por unanimidade pelo Comitê Executivo do COI, que se manteve reunido nos últimos três dias.
Thomas Bach admitiu esperar que “com sorte”, que as auditorias “não encontrem demais”.
Nos últimos meses, o COI vem manifestando preocupação pelos escândalos que eclodiram na Fifa e na Federação Internacional de Atletismo (IAAF), especialmente.
A declaração emitida pela Executiva dedica um longo trecho para a proteção do atleta livre do doping, reiterando a intenção de que os sistemas de controle sejam independente das entidades desportivas. Os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, em PyeongChang, são o limite para a implantação de um novo modelo.
Segundo Bach, a Agência Mundial Antidoping (WADA), guiará a implantação de um novo sistema de exames e gestão dos resultados, e a Corte Arbitral do Esporte (CAS) ficará encarregada das punições aos flagrados.
Sobre a participação dos atletas de países suspeitos por práticas de doping, como Rússia e Quênia, é preciso esperar os requisitos do processo de suspensão, para que seja possível falar sobre a presença nos Jogos Olímpicos do Rio, no ano que vem.
O COI ainda cobrará os país que não cumprem o código antidoping na totalidade (Andorra, Argentina, Bolívia, Israel, Rússia e Ucrânia) e os advertidos por descumprimentos menores ou formais (Bélgica, Brasil, França, Grécia, México e Espanha), que tomem medidas para ficarem regulares até 18 de março de 2016.
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