Com apoio de ONG, time amador do Haiti é atração internacional na Copinha

  • Por Agência Estado
  • 01/01/2016 10h42
Pérolas Negras/Site oficial Pérolas Negras

Entre os 112 clubes que vão participar da 47ª edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 2016, apenas um não é brasileiro. São os haitianos do Pérolas Negras, equipe amadora que contou com o apoio da ONG Viva Rio para participar da competição e sonha em fazer bonito nos gramados paulistas.

A média de idade do time do país mais pobre das Américas é de 18 anos. Como a equipe é amadora, a expectativa é que alguns de seus jogadores consigam atrair a atenção dos clubes brasileiros, recebam oportunidades para jogar no país e, assim, passem a ser profissionais para viver do esporte.

O Pérolas Negras está no Grupo 28 ao lado de Juventus, América-MG e São Caetano. A estreia está marcada para o dia 3 de janeiro, domingo, contra o Juventus, no estádio Conde Rodolfo Crespi, na Rua Javari, no tradicional bairro da Mooca, na capital paulista.

OUTROS ESTRANGEIROS

A última vez que um time do exterior participou da Copinha foi em 2014, quando o time japonês do Kashiwa Reysol surpreendeu e avançou da primeira fase até parar na fase seguinte contra o Santos, que goleou os japoneses por 4 a 0. 

A ideia de internacionalização da disputa surgiu na década de 80. Os primeiros clubes convidados foram o Providencia, do México, em 1980, o Vélez Sarsfield, da Argentina, em 1981 e 1982, e o Bayern de Munique, da Alemanha, em 1985. 

No período entre 1993 e 1997 a Federação Paulista de Futebol (FPF) voltou a convidar times estrangeiros, como o Boca Juniors, da Argentina; o Peñarol, do Uruguai, o Cerro Porteño, do Paraguai; o Nagoya Grampus Eight e Yomiuri Verdy, ambos do Japão, bem como seleções sub-20 do Japão e da China.

Mas a participação estrangeira, normalmente, era negativa, e deixou de ocorrer. Os estrangeiros só voltaram à Copinha em 2010, com o Al-Hilal, da Arábia Saudita. Em 2014, o Kashima Reysol foi convidado para participar, inclusive com uma cota de patrocínio. Na época, o time profissional japonês era dirigido pelo brasileiro Nelsinho Baptista. O Reysol foi o primeiro time estrangeiro a romper o tabu de não cair na primeira fase.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.