Com decreto negado, prefeito Haddad diz que decisão dos vereadores não é “político-partidária”
A próxima segunda-feira (23) promete ser caótica em São Paulo. Com a volta do feriado prolongado, a partida entre Chile e Holanda na Arena Corinthians, em Itaquera, e a realização de Brasil x Camarões em Brasília, a cidade pode assistir a mais um dia de trânsito muito congestionado. Depois de tentar, em vão, decretar feriado na data, o prefeito Fernando Haddad, em entrevista exclusiva à Jovem Pan, disse não ver a decisão dos vereadores paulistas como político-partidária. O petista justificou à negativa da Câmara devido ao pouco tempo para refletir sobre a solicitação. Tentando evitar o longo congestionamento formado na última terça-feira [data de Brasil x México], Haddad estenderá o rodízio de carros das 7h às 21h, alongará o funcionamento das faixas de ônibus e pediu aos empregadores que, na medida do possível, escalonem a saída de seus funcionários na data em questão.
Ainda que não tenha encontrado respaldo dos vereadores, o prefeito explicou a ideia. “O projeto original do Executivo determinava feriado só na abertura da Copa e dava prerrogativa para decretar feriado, se achasse conveniente. As autoridades do Estado e do Munícipio, que compõem o Comitê da Copa em São Paulo, entenderam que pela conjunção de fatores, talvez fosse necessário decretar um feriado no dia 23”, disse.
Haddad disse não ver a questão como política e garantiu que respeita a decisão da Câmara. “Não é uma questão partidária, é uma questão de consciência das pessoas”, opinou.
O prefeito disse que a solicitação foi realizada “por precaução” e garantiu que o temor de que a cidade sofra na segunda-feira não é apenas dele. “A minha avaliação é de que, especificamente, no dia 23 seria benéfico um feriado. É importante ressaltar que essa não é uma decisão político-partidária e sim uma decisão técnica de um dos comitês responsáveis pela competição”.
Com o decreto negado, Haddad buscará alternativas para amenizar o provável caos da volta pra casa dos paulistanos. “Mesmo sem o feriado, expandimos o rodízio para o dia todo [das 7h às 20h], assim como o funcionamento das faixas de ônibus”. Além disso, o petista decretou ponto facultativo.
Ele pediu também o apoio da população para que o provável caos seja minimizado. “Estamos pedindo o apoio dos empregadores para que escalonem a saída dos seus empregados. Como todos saíram no mesmo momento na última terça, aconteceu de atingirmos esse tipo de transito [302 km de congestionamento] no meio da tarde, o que, em geral, acontece no fim do dia”.
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