Com delegação recorde, CBAt não estipula meta de medalhas para a Olimpíada

  • Por Estadão Conteúdo
  • 04/07/2016 08h45
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competes in the xxxx during day four of 13th IAAF World Athletics Championships at Daegu Stadium on August 30, 2011 in Daegu, South Korea. Divulgação Apesar da vitória

Com não mais que seis possibilidades de medalha e torcendo para que pelo menos uma delas se consolide em pódio, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) preferiu não estipular uma meta para os Jogos Olímpicos do Rio. A entidade trata como conquista o fato de a delegação, com 66 atletas confirmados até agora, ser a maior da história, e se baseia nisso para se esquivar de traçar um objetivo para agosto. 

“Para pensar em medalha, você precisa ter grande quantidade de atletas participando dos Jogos e nós atingimos isso. Depois, (precisa) colocar o maior número de atletas em finais. Depois, eles precisam fazer as melhores marcas. Quantas medalhas vamos ganhar não é possível falar. Nós queremos disputar medalhas e vamos fazer tudo por isso, mas não dá para dizer a quantidade de medalhas”, diz Antônio Carlos Gomes, superintendente de alto rendimento da CBAt.

No cargo desde 2013, ele argumenta que teve só três anos para preparar a equipe olímpica que estará no Rio. Reduzindo as marcas mínimas necessárias para a qualificação para os Jogos, adotando os índices da Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF), o Brasil inflou sua delegação nesta modalidade sem, necessariamente, isso significar qualidade.

No Mundial de 2015, por exemplo, o Brasil só teve três Top 8 (uma prata e dois sextos lugares), o que o atletismo considera como “final”. Em 2013, haviam sido sete (todas de quinto lugar para baixo). Para a Olimpíada, nem uma meta de finais foi traçada. 

A maioria absoluta dos 53 atletas que se classificaram para provas individuais conseguiram o índice apenas uma vez desde 1º de maio do ano passado e têm tudo para serem figurantes na Olimpíada. Poucos são os casos de atletas que regularmente obtêm resultados acima do mínimo exigido para estar no Rio.

Quatro deles são candidatos à medalha. Fabiana Murer bateu o recorde sul-americano do salto com vara (4,87m) e lidera o ranking mundial da temporada ao ar livre, ainda que a russa Yelena Isinbayeva tenha marca melhor (4,90m). Thiago Braz saltou pouco este ano, mas é o quarto do mundo.

Na marcha atlética, Erica Sena ficou em quarto e Caio Bonfim em oitavo no Mundial da disciplina, disputado há dois meses, em Roma (Itália), e viraram candidatos à medalha. Outras opções são os revezamentos 4x100m no masculino e no feminino, mas nenhum dos dois apresentou resultados em 2016 ainda. Com Marilson Gomes dos Santos, Solonei Rocha e Paulo Roberto de Paula, uma medalha é bastante improvável, ainda que todos tenham histórico de Top 8 em grandes competições.

Outros bons resultados, só em caso de um “dia perfeito”. É a aposta, por exemplo, para o caso de Mauro Vinicius da Silva, o Duda, bicampeão mundial indoor. Ele sequer fez o índice para a Olimpíada e depende de convite para estar no Rio-2016.

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