Com festa e poucos protestos, Tocha Olímpica passa por São Paulo neste domingo

  • Por Estadão Conteúdo
  • 25/07/2016 08h31
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Zetti Divulgação / Rio 2016 Zetti

A passagem da tocha olímpica pela cidade de São Paulo, neste domingo, durou mais de 12 horas. Ao longo de 51 quilômetros, a chama passou por marcos importantes cidade, contou com apoio popular e poucos protestos isolados. Havia o temor de que a chama olímpica fosse alvo de manifestações em São Paulo e, além da proteção de homens da Força Nacional, foram deslocados 2.500 policiais militares para acompanhar o cortejo. Não foram registrados incidentes, segundo a Polícia Militar.

O desfile começou às 7h45, no Museu do Ipiranga, e terminou às 19h50 com show do sertanejo Luan Santana e da cantora Ludmilla, no Sambódromo do Anhembi. Nesta segunda-feira, a chama olímpica continua o seu trajeto pelas cidades de Suzano, Mogi das Cruzes, Jacareí e São José dos Campos.

Campeão olímpico de vôlei em Barcelona, na Espanha, em 1992, Amauri Ribeiro abriu o revezamento. “É muita emoção. Fico lisonjeado com a homenagem”, declarou Amauri, atual técnico da seleção brasileira de vôlei paralímpico. Em meio a 1,5 mil pessoas, de acordo com a Guarda Municipal, dois manifestantes exibiram uma faixa com um “Salvem o Museu”. O prédio está fechado para reformas e só deve reabrir ao público em 2022.

Em seguida, o campeão mundial de skate vertical em 2013, Rony Gomes, desceu a rampa do Parque da Independência fazendo manobras com a tocha em punho. Na sequência, a chama foi conduzida com destino ao Mercado Municipal.

Na Praça da Sé, o revezamento se deparou com centenas de moradores de ruas. “É um pouco difícil ficar contagiado por aqui. Tenho a impressão de que esse local não foi bem escolhido”, disse a aposentada Elisa Maria Rocha, surpresa com todo o aparato da festa ao deixar a Catedral da Sé, como faz todos os domingos.

Na região da avenida Paulista, o auge da animação ocorreu na esquina com a rua Haddock Lobo, onde anéis olímpicos foram erguidos por cabos de aço, que sustentaram bailarinos. Uma orquestra, suspensa no ar, encantou o público. “Foi incrível! Trouxe o meu filho de 5 anos e ele queria correr atrás da tocha, mas nossos olhos brilharam para essa apresentação”, disse a comerciante Antonia Guilherme Rufino.

Ainda na Paulista, houve um protesto de aproximadamente 30 pessoas. Com megafone e faixas, os manifestantes gritaram “Fora Temer” e “Não ao golpe”, de forma pacífica. Eles empunharam balões nas cores vermelha e preta.

No Parque do Ibirapuera, muitas pessoas que estavam visitando o local se aglomeraram para acompanhar a movimentação. Pequenas bandeiras do Brasil foram distribuídas por patrocinadores. “Vi no jornal e escolhemos aqui para ver. A passagem da tocha serve para avivar o sentimento olímpico e chamar a atenção para os Jogos no Brasil, mesmo no momento de crise. Tem que separar as coisas”, destacou o médico Mario Campanati Ribeiro.

Na avenida Brasil também houve protesto de 30 pessoas em frente a uma concessionária de automóveis, com bandeiras do Sindicato dos Comerciários. No Pacaembu, um pequeno grupo faz um protesto político gritando: “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”.

O telão do estádio mostrou fotos de atletas brasileiros que já participaram dos Jogos Olímpicos. Crianças e adultos que antes fizeram apresentações no gramado do Pacaembu e fizeram um corredor humano para a passagem da tocha. A chama deu uma volta olímpica no estádio. O jogador de basquete da NBA Anderson Varejão carregou a tocha na saída do estádio, na praça Charles Muller, e foi cercado por uma multidão.

Do Memorial da América Latina, na Barra Funda, o revezamento se dirigiu para a avenida Pacaembu. O trânsito ficou lento na região porque muitos motoristas pararam seus carros por curiosidade. No Sambódromo, no encerramento do percurso, coube aos ex-jogadores Zetti (São Paulo), Rivellino (Corinthians) e Ademir da Guia (Palmeiras) acenderam a pira olímpica.

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