EUA vencem Sérvia e mantêm hegemonia no basquete olímpico masculino

  • Por EFE
  • 21/08/2016 19h01
EFE Com a conquista deste domingo

A Seleção Norte-Americana Masculina de Basquete bateu a Sérvia por 96 a 66, arrebatando o 15º ouro de sua história em 18 participações desde 1936, quando a modalidade estreou nos Jogos. O grande protagonista do duelo final na Arena Carioca foi o ala Kevin Durant, mais novo reforço do Golden State Warriors, que teve atuação digna de seus melhores momentos na NBA, com 30 pontos, cinco de 11 arremessos de três acertados, além de três rebotes e quatro assistências.

Apesar das ausências de Stephen Curry, LeBron James, Russell Westbrook, entre outros que não vieram ao Rio alegando medo da zika ou questões pessoais, a expectativa era para mais uma série de shows do time americano, que, no entanto, encontrou muitas dificuldades, vencendo apertado Austrália, a própria Sérvia e a França na primeira fase, e a Espanha nas semifinais.

Mas neste domingo, especialmente pela intensidade na defesa e a determinação de controlar o jogo, o conjunto de astros da NBA sobrou, repetindo o que havia feito na final do Campeonato Mundial, em Madri, há dois anos, quando venceu o mesmo rival por 129 a 92.

Apesar do desempenho de Durant, bons lances de DeMarcus Cousins, Klay Thompson e Carmelo Anthony, e do placar elástico, a torcida não chegou a se empolgar com o duelo em nenhum momento. O clima de teatro foi rompido poucas vezes. Algumas, inclusive, por motivos alheios ao jogo.

Este foi o terceiro título consecutivo dos EUA, campeões em Pequim 2008 e Londres 2012. Ao todo, já são 15 conquistas no basquete masculino. Se somadas as vezes que as mulheres também subiram ao topo do pódio, são 23 medalhas de ouro em 28 torneios olímpicos disputados.

Faltando pouco mais de cinco minutos para parte inicial do confronto, uma roubada de bola, seguido de enterrada de Durant empataram o jogo em 5 a 5 e levantaram o público, que não chegou a se empolgar com o jogo em quase nenhum momento, pela primeira vez.

O confronto seguiu equilibrado e era possível ouvir em toda a arena os gritos dos assistentes de Mike Krzyzewski, cobrando marcação, orientando as ações ofensivas. Pilhados, os EUA fecharam o primeiro quarto com 19 a 15 de vantagem, graças a belo arremesso de três de Durant.

A postura agressiva dos campeões olímpicos e mundiais atordoou o adversário. A Sérvia, que de destacava pela precisão nos passes decisivos e tiros de longa distância, passou a errar mais do que acertar. Faltando sete minutos para o fim do segundo quarto, a seleção do Leste Europeu já perdia por 11 pontos, por 33 a 20.

Conforme a vantagem aumentava, também se tornavam mais normais as jogadas mais plásticas. E quem mais arrancava aplausos era Durant, como em uma bela cesta de três a cinco minutos do fim. Na sequência, Klay Thompson também acertou de longe e fez os americanos abrirem 21 pontos, em 43 a 22.

Antes do intervalo, houve tempo até para uma “tabelinha”, mais comum no futebol, quando dois atletas trocam passes entre si. Kyle Lowry, depois de receber no fundo de quadra, passou para o afiado Durant, que acertou mais uma da linha de três, fazendo 52 a 29.

O aviso de que o segundo tempo seria muito parecido com o primeiro veio logo nos primeiros segundos, com Carmelo Anthony colocando mais três pontos na conta dos americanos. Sem forçar, mantendo a atenção na defesa e contando com erros dos sérvios, os EUA foram deslancharam mais, fechando o terceiro quarto em 79 a 43.

O quarto final teve clima de partida-exibição. A torcida pediu a entrada de Draymond Green e Harrison Barnes, que pouco atuaram no torneio, e foi atendida. Além disso, Durant assistiu tudo do banco e Paul George passou a comandar a equipe em quadra.

O lance mais bonito do duelo ficou guardado para os últimos minutos, quando Jimmy Butler deu drible desconcertante em adversário, que ficou caído no chão, tentando se reerguer, passou para George, que deu assistência para a enterrada de Demar Derozan.

No fim, a expectativa era pela diferença, especialmente quando os sérvios fizeram boa sequência de pontos, reduzindo a distância, sem, claro, ameaçar o título dos EUA, mas tirando a chance de o time superar o recorde do “Dream Team”, que estabeleceu frente de 32 pontos em 1992, na final contra a Croácia (117 a 85).

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.