Comissão Eleitoral supervisionará eleições presidenciais da Fifa
O presidente da Fifa
Joseph BlatterA Fifa realizará suas próximas eleições para presidente em 2015 sob a supervisão de uma “Comissão Eleitoral ad hoc” criada de acordo com o regulamento desenhado para garantir a transparência e a imparcialidade no processo, assim como o respeito dos princípios democráticos básicos e fundamentais.
Com esta iniciativa, a Fifa quer evitar controvérsias como as que rodearam a última reeleição de Joseph Blatter em 2011, ano no qual o diretor suíço concorreu como único candidato depois da inabilitação do catariano Mohammed Bin Hammam, seu único oponente.
Bin Hammam não pôde concorrer àquelas eleições já que foi suspenso provisoriamente e depois inabilitado por incentivar economicamente dirigentes de países do Caribe para que votassem a seu favor.
A nova Comissão Eleitoral da Fifa, que é comandada pelo presidente da Comissão de Auditoria e Conformidade, Domenico Scala, será a encarregada de anunciar as candidaturas que queiram concorrer para sua mudança à Comissão de Ética, encarregada de examinar a integridade de todos os candidatos.
Até o momento, o suíço Joseph Blatter, que vive seu quarto mandato como presidente, e o francês Jerome Champagne, que trabalhou entre 1999 e 2010 na Fifa, onde desempenhou diversos cargos, são os únicos que manifestaram sua intenção de se apresentar, já que o presidente da Uefa, Michel Platini, confirmou que não vai concorrer.
Integrada também por Larry Mussenden, presidente da Comissão de Apelação, e por Claudio Sulser, presidente da Comissão Disciplinar, a Comissão Eleitoral será a responsável por validar as candidaturas e velará para que seja cumprido o regulamento eleitoral, que pela primeira vez determina como devem se desenvolver as eleições.
Os Estatutos da Fifa estabelecem que as associações-membro podem apresentar seus candidatos até quatro meses antes da realização do Congresso, por isso que a data limite será em 29 de janeiro de 2015.
Os que aspiram à presidência da Fifa terão que contar com o respaldo de pelo menos cinco associações e ter envolvimento no futebol federativo pelo menos dois dos cinco anos prévios a sua apresentação.
“Todos os candidatos deverão cumprir com o Código Ético da Fifa e poderão passar por uma investigações caso que ocorram irregularidades. Os candidatos deverão evitar os conflitos de interesses, em particular ao financiamento da campanha”, explicou Domenico Scala no site “Fifa.com”.
Segundo suas palavras, “as atividades de campanha realizadas pelos candidatos com cargos oficiais devem estar claramente diferenciadas daquelas realizadas no exercício das funções de seu cargo”.
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