Comitê de Ética reafirma independência em relação à presidência da Fifa

  • Por Agência EFE
  • 02/06/2015 17h44
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O presidente da câmara de investigação do Comitê de Ética da Fifa, Cornell Borbély, reiterou nesta terça-feira a independência deste órgão em relação ao presidente da organização, após a renúncia de Joseph Blatter, e informou que continuará seu trabalho para garantir o cumprimento do Código Ético da Fifa.

“A câmara continuará com seu mandato para garantir consistentemente o cumprimento do Código Ético da Fifa, e fará desta sua máxima prioridade independente de quem for o presidente”, disse o órgão em comunicado.

A câmara de investigação não ficou alheia à polêmica relacionada com a escolha da Rússia e do Catar como sedes das edições de 2018 e 2022 da Copa do Mundo, já que seu primeiro presidente, o ex-promotor americano Michael J. García, renunciou em dezembro do ano passado quando o inquérito sobre as candidaturas foi encerrado.

García elaborou um relatório sobre o caso, por decisão da Fifa, e transferiu o mesmo à câmera de decisão, presidida pelo alemão Hans-Joachim Eckert. Esta não publicou o documento em sua totalidade e concluiu que não houve irregularidades nos processos das candidaturas.

Michael J. García apelou contra o fechamento da investigação, mas deixou seu cargo depois que a Comissão Disciplinar rejeitou seu recurso.

Na última quarta-feira, após a divulgação da investigação da Procuradoria dos Estados Unidos por casos de corrupção de 14 pessoas ligadas à Fifa, seja como membros de sua diretoria ou de empresas com negócios com a entidade o Comitê de Ética proibiu que 11 realizem “qualquer atividade relacionada ao futebol”.

Os 11 acusados aos quais a proibição se refere são Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costa Takkas, Jack Warner, Eugenio Figueredo, Rafael Esquivel, Nicolás Leoz, Chuck Blazer, Daryll Warner e José María Marin, ex-presidente da CBF.

No dia seguinte, o Comitê de Ética estendeu a proibição a Aaron Davidson, presidente da filial americana da empresa Traffic Sports.

Além da investigação realizada pela justiça dos Estados Unidos, a procuradoria suíça também desenvolve outra, em consequência da denúncia que a Fifa apresentou no dia 18 de novembro do ano passado por possível comportamento irregular de algumas pessoas em relação aos processos de concessão das sedes das Copas de 2018 e 2022.

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