Comitê Olímpico dos EUA autoriza atletas a não irem ao Rio por causa do zika

EFE/Jeffrey Arguedas mosquito da dengue

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC) informou a seus atletas que eles podem não ir aos jogos olímpicos do Rio de Janeiro por causa da situação com o virus zika no Brasil, diz a agência Reuters.

A mensagem, transmitida em janeiro para as federações esportivas do país com mais medalhas nos jogos, afirma que ninguém precisa ir ao Brasil “se não se sentir confortável para isso”.

Laboratórios brasileiros já confirmaram desde o ano passado que o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti está diretamente relacionado ao surto de microcefalia em recém-nascidos no País.

As autoridades internacionais ainda não reconheceram, mas se preocupam com a informação e a Organização Mundial da Saúde (OMS) já declarou estágio de emergência internacional.

A Reuters lembra ainda que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) tem alertado a mulheres grávidas e aquelas que querem engravidar para não viajarem para lugares assolados pelo zika vírus, como o Brasil e outros países latinoamericanos.

Otimismo

Autoridades expressaram otimismo, por outro lado, no sentido de o risco seria minimizado por agências de saúde, o controle à proliferação do mosquito vetor e o inverno brasileiro, período no qual serão realizados os jogos, época em que há menos transmissão pela picada.

O Comitê Olímpico (USOC) destaca que adere às recomendações do Centro de Prevenção de Doenças (CDC) e que poderia dar uma orientação atualizada mais próximo aos Jogos, que começam em 5 de agosto.

O Comitê Olímpico Internacional declarou em carta de 29 de janeiro a todos os comitês nacionais que possui médicos monitorando a situação do zika de perto. Eles dizem ter recebido recomendação de evitar o mosquito, mas seguem confiantes de que os jogos ocorrerão conforme o plenejado.

A mensagem do comitê olímpico estaria direcionada especialmente a grávidas e quem quer engravidar.

O CDC recomendou também na última sexta-feira (06) para quem viajou a áreas afetadas pelo zika se abster de relações sexuais ou usar camisinhas. Há a suspeita de que o zika vírus possa ser transmitido pelo sexo. Médicos da Fiocruz já disseram que os vírus permanecem vivos na saliva e no sêmen.