Comitê Olímpico Espanhol descarta que a crise brasileira afete Jogos do Rio

  • Por Agência EFE
  • 14/04/2016 17h36
Daniel Ramalho/Rio 2016 Olímpiadas do Rio de Janeiro Rio 2016

O presidente do Comitê Olímpico Espanhol, Alejandro Blanco, descartou nesta quinta-feira a possibilidade de a atual crise política e econômica do Brasil afetar os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, em agosto deste ano.

“Eu acho que à medida que os Jogos se aproximem, essas situações políticas ficarão em segundo plano. Por que se não ocorrer, não teremos os Jogos que esperamos. Tomara que se solucionem essas questões políticas, que todos estejam tranquilos e podemos aproveitar do maior evento do mundo”, disse Blanco à Agência Efe.

O presidente do Comitê Olímpico Espanhol considera que, fora as instalações esportivas, é essencial o apoio da cidade que organiza os Jogos Olímpicos para que o evento seja bem-sucedido. Nesse sentido, ele acredita que o Rio está bem servido.

“Conhecendo o povo brasileiro e as pessoas do Rio, para quem o esporte é muito importante, os Jogos serão extraordinários”, destacou o dirigente esportivo espanhol.

Blanco lidera uma delegação da Espanha que visita o Rio de Janeiro nesta semana para conhecer as instalações olímpicas e preparar a chegada dos atletas do país, assim como a instalação da Casa da Espanha nos Jogos na sede do Instituto Cervantes do Rio.

O dirigente reconheceu que há “inquietações” sobre as instalações olímpicas, mas disse ter certeza que tudo estará pronto a tempo. “Temos inquietações logísticas pelo tempo que falta para os Jogos, mas acredito que até o dia 5 (de agosto), quando será realizada a abertura, tudo estará em perfeito estado”, afirmou.

“Algumas das instalações não estão prontas e em outras há problemas de difícil resolução, mas sempre defendi que o Rio de Janeiro vai organizar tudo muito bem, e que essas inquietações que todos agora têm estarão resolvidas”, completou.

O principal problema observado pelo dirigente espanhol é a questão sanitária na Baía de Guanabara, onde serão disputadas as competições de vela, e na lagoa Rodrigo de Freitas, sede do remo e da canoagem. Ambos os locais têm problemas de poluição, e a Prefeitura do Rio já admitiu que não cumprirá o compromisso de despoluir totalmente a Baía de Guanabara antes do evento.

Quanto aos vários casos de dengue e zika no Brasil, Blanco afirmou que o Comitê Olímpico Espanhol irá seguir as recomendações das autoridades brasileiras.

“Isso é um problema muito sério, mas as autoridades de saúde, tanto da cidade como do país, do Comitê Olímpico Internacional e da Organização Mundial de Saúde nos alertarão qual é a situação e que medidas teremos que adotar. Acredito que isso possa ser resolvido perfeitamente”, ressaltou o dirigente.

Blanco afirmou que ainda é cedo para estabelecer uma meta de medalhas da Espanha no Rio 2016, mas que, em número de atletas classificados, o país está em um nível semelhante aos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e de Pequim, em 2008.

“Nós estamos classificando e primeiro temos que conhecer a delegação que teremos. Vamos ter entre 280 e 300 atletas, que é parecido com o que levamos para Pequim e Londres. Em função da forma como eles se apresentarem, poderemos pensar em resultados”, concluiu o presidente do Comitê Olímpico Espanhol.

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