Comitê Organizador pede desculpas por atrasos em acesso a sedes e transporte
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro pediu desculpas neste sábado ao público pelos atrasos que sofreram para entrar nas instalações olímpicas e pelas dificuldades que tiveram com o transporte até as mesmas.
“Devemos ao público uma explicação e, sobretudo, uma desculpa a todos os que tiveram que esperar nas filas debaixo do sol. Vamos tentar acelerar o processo de controle nos acessos de entrada porque não queremos que ninguém perca nada e solucionar este problema nas próximas horas”, declarou Mario Andrada, diretor de Comunicações do Comitê Rio 2016.
Andrada também admitiu ter problemas com transporte para determinadas sedes, mas disse desconhecer atrasos na transferência de atletas à instalação de tiro olímpico, assim como incidentes ocorridos na noite passada, como um tiroteio perto do Engenhão.
“O principal problema desta manhã é mais do processo que do sistema. Há pessoas trabalhando da Força Nacional, os militares e os do Rio. Cada força e grupo de pessoas têm diferentes métodos de trabalhar. Hoje no Parque Olímpico havia muita gente e houve problemas porque faltou coordenação”, acrescentou.
Em relação ao transporte, Andrada reconheceu “ter um problema estrutural, mas o sistema passou por uma prova de fogo ontem à noite”. “Fomos elogiados esta manhã pelo COI, trouxemos os atletas à Vila, especialmente os que tinham que retornar a tempo, e nos disseram que fizemos um trabalho excelente”, destacou.
Andrada, que falou ao lado do porta-voz do COI, Mark Adams, explicou que no início da semana passada, ao comprovar que o transporte demorava demais, “em acordo com as forças nacionais se decidiu pela mudança de empresa”, mas, em sua opinião, “esta mudança não criou problemas”.
“A maioria das empresas foi contratadas a tempo, mas eventos como estes nos obrigam às vezes a recrutar gente sem formação adequada, mas esperamos que a partir de agora o transporte seja impecável”, completou.
Andrada respondeu assim ao comentar o caso de um motorista que ontem devia fazer o trajeto até o Maracanã e disse desconhecer o mesmo e que tinha sido contratado pela empresa para fazer o trabalho dois dias antes. “Não quero reduzir os problemas, não é bom que atletas e espectadores tenham que esperar muito tempo, mas no princípio de outros jogos houve problema como Socchi e Vancouver. Trataremos de resolvê-los”, comentou Adams.
Ambos foram questionados também por incidentes envolvendo a segurança do evento, especialmente por um tiroteio perto do Engenhão, sobre o qual disseram não ter informação, e os dois concordaram que “a segurança é uma prioridade” tanto para a organização como para o COI.
“Nestes centros, como costuma ocorrer, parece que houve ladrões de carteiras, mas não muito perto do estádio porque era uma área muito isolada. 85.000 soldados estiveram no Rio, igual a Londres, e houve problemas individuais, mas a situação de segurança é bastante sólida”, assinalou Andrada.
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