Como amizade de infância pode tornar Audax x Corinthians um jogo especial

  • Por Jovem Pan
  • 16/02/2017 16h59
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Fernando Diniz e Fábio Carille cresceram juntos na zona leste de São Paulo

Montagem sobre fotos Fernando Diniz e Fábio Carille cresceram juntos na zona leste de São Paulo

O aniversário da cidade de Osasco e o passado de Vampeta darão tons peculiares à partida entre Audax e Corinthians, neste sábado, no Estádio José Liberatti. Mas é a relação entre os técnicos que pode tornar o jogo de fato especial. Opostos na forma de armar seus respectivos times, Fernando Diniz e Fábio Carille são amigos de infância e vão se enfrentar pela primeira vez como treinadores. 

A amizade entre os dois vem de longa data. Mais precisamente da década de 1970, na qual nasceram. Criados no mesmo bairro, a Vila Ema, na zona leste de São Paulo, os hoje técnicos de Audax e Corinthians cresceram juntos e deram os primeiros passos no futebol concomitantemente. 

Quem conta tudo é o próprio Fábio Carille. 

Eu sou de 1973, e ele, de 1974. Começamos a jogar futebol de salão juntos, na escolinha do CTC Vila Ema, por volta dos sete anos. Naquela época, nós só queríamos saber de jogar bolaCom 12 anos, a minha família se mudou para Sertãozinho, e, aí, nos separamos. Mas somos amigos de infância e nos falamos até hoje, revelou o técnico do Corinthians, em entrevista exclusiva a Flavio Prado que vai ao ar neste fim de semana, na Rádio Jovem Pan.

O curioso é que nem Fernando Diniz, nem Fábio Carille foram grandes jogadores. O primeiro, atacante, até passou por grandes clubes, mas nunca teve “vocação” para ser um atleta ofensivo. Já o segundo, zagueiro, rodou por mais equipes que o amigo e teve como ápice da carreira o título da Copa do Brasil de 1995, pelo mesmo Corinthians que hoje comanda.

Antes de virarem técnicos, Fernando e Fábio seguiram caminhos diferentes. Enquanto o treinador do Audax se formou em psicologia, o comandante do Corinthians permaneceu no futebol, atuando como auxiliar-técnico. A trajetória de ambos se cruzará pela primeira vez neste sábado, a partir das 17h (de Brasília), em jogo que confrontará estilos bastante diferentes.

Se Diniz gosta da posse, joga para frente e vê o ataque como a melhor forma de se defender, Carille é um verdadeiro especialista em defesas e ainda tem problemas para armar times que ataquem com qualidade. O duelo de opostos vai demandar preparação especial do novtécnico corintiano – principalmente por causa dousado modelo de jogo do Audax. 

“Tem de estar atento o tempo todo. Sou muito amigo do Fernando. Fomos criados juntos, mas temos ideias de jogo bem diferentes. A preparação é diferente. Precisamos saber se vamos pressionar lá em cima, para não deixar o Audax sair jogando, ou se vamos esperar um pouco mais atrás, para apostar nos contra-ataques. A estratégia ainda será definida“, despistou Carille. 

As dúvidas só serão sanadas assim que a bola rolar. Por enquanto, a única certeza que se tem é a de que o confronto terá gosto especial para os dois treinadores. Seja pelo presente, seja pelo passado.

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