Conmebol retira da sede placa com antiga lei de inviolabilidade da entidade
O novo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, retirou nesta segunda-feira do edifício da instituição a placa com o texto da lei aprovada pelo Congresso do Paraguai em 1997 que dava inviolabilidade à entidade perante as autoridades, e que em 2015 foi derrogada pelos legisladores.
“Infelizmente, esta legislação paraguaia foi mal utilizada no passado. Hoje reiteramos nossa rejeição total e absoluta às práticas de corrupção e eliminamos esta placa que nós denominamos da impunidade”, declarou Domínguez em comunicado da Conmebol.
A placa retirada da fachada principal da Conmebol na cidade de Luque lembrava a proteção concedida em categoria similar a embaixadas e instituições diplomáticas.
A lei concedia à Conmebol “imunidade contra revistas, desapropriação, confisco e qualquer outra forma de interferência, seja de caráter executivo, administrativo, judicial ou legislativo”.
Em junho de 2015, 68 dos 80 deputados do Paraguai aprovaram a derrogação da lei, que posteriormente também foi confirmada pelo Senado e pelo presidente do Paraguai, Horacio Cartes.
A decisão foi tomada depois que, no fim de maio do ano passado, sete dirigentes da Fifa foram detidos em um hotel da cidade suíça de Zurique, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, acusados de participar de um esquema de corrupção na entidade.
As prisões foram executadas a pedido dos Estados Unidos, onde a procuradoria de Nova York investiga supostos subornos e propinas no na Fifa desde o início dos anos 90.
O paraguaio Nicolás Leoz, presidente de Conmebol durante 26 anos, até sua renúncia em 2013, foi um dos acusados no esquema e se encontra sob prisão domiciliar no Paraguai enquanto aguarda uma decisão sobre o pedido de extradição tramitado pelos Estados Unidos.
O caso também atingiu o paraguaio Juan Ángel Napout, que foi detido em dezembro passado na Suíça e renunciou à presidência da Conmebol antes de ser extraditado aos EUA.
Alejandro Domínguez foi eleito na semana passada como novo presidente da Conmebol com os votos de suas dez confederações.
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