“A Conmebol tinha como objetivo o dinheiro”, afirma atual presidente da entidade

  • Por EFE
  • 14/09/2016 17h17
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Reprodução Twitter Presidente da Conmebol

O presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol, Conmebol, o paraguaio Alejandro Domínguez, disse nesta quarta-feira que a entidade “tinha como objetivo o dinheiro”, mas que agora está sendo submetida a uma reorganização e que “tem como única meta o desenvolvimento do futebol sul-americano”.

“A Conmebol é muito mais do que somente organizar campeonatos que são muito renomados, o mais importante é que a organização foque no desenvolvimento, abandone os velhos hábitos. Tínhamos encontrado uma organização que tinha como objetivo ou finalidade o dinheiro, e o futebol foi o meio”, afirmou.

Ao inaugurar nesta quarta-feira o 66º Congresso Ordinário e Extraordinário da Conmebol, em Lima, Peru, Domínguez ressaltou que chegou à direção da confederação em “um momento em que a situação era de uma atmosfera rara, de muita confusão”. “No interior da organização (havia) uma situação muito difícil, no entanto, assumimos, porque vimos uma oportunidade histórica”, enfatizou.

O mandatário também comentou que enfrentar os problemas de corrupção denunciados na entidade abriu a possibilidade de buscar a volta às origens e os atuais diretores se comprometam a desenvolver o futebol sul-americano.

“Essa oportunidade única nos levou ao comprometimento e estamos aqui, depois de um trabalho de seis meses para prestar contas. Quando encontramos a casa em desordem, nos comprometemos a trabalhar para esclarecer as contas”, garantiu.

Domínguez disse que sua gestão se dedicou “a organizar, pagar contas e assumir responsabilidades”, com a determinação de “fazer justiça para o futebol”. “É muito importante entender o que aconteceu e o que ficou no passado. Fazer justiça para entender e para que, a partir de hoje, voltemos a colocar a instituição no processo e objetivo do desenvolvimento do futebol”, enfatizou.

O presidente da Conmebol ressaltou que essa postura também permitirá que “o que ocorreu não ocorra agora e nunca mais”, por isso a cúpula trabalha para “organizar e profissionalizar a entidade”, com o objetivo de fazer com “que se projete ao mundo como a organização onde se gerencia o melhor futebol”. “Sobre todas as coisas, a bola tem que continuar rolando, apesar dos tempos difíceis”, afirmou.

Durante o 66º Congresso da Conmebol, a nova administração apresentará ainda o orçamento para o primeiro ano de gestão e em seguida será realizado um congresso extraordinário para apresentar o projeto de reforma de estatutos, cuja aprovação se submeterá a votação.

Além de Domínguez, participam da reunião a secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura; os presidentes da Federação Colombiana de Futebol, Ramón Jesurún; da Federação Venezuelana de Futebol, Laureano González; e da Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile, Arturo Salah, como primeiro, segundo e terceiro vice-presidentes da Conmebol, respectivamente.

Outros presentes são os presidentes da Associação de Futebol Argentino, Armando Pérez; da Federação Peruana de Futebol, Edwin Oviedo; e da Associação Paraguaia de Futebol, Robert Harrison, entre outros membros do comitê executivo da Conmebol.

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