Conselheiro diz que diretoria está tomando decisões ditatoriais na venda de ingressos

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2014 14h18
Polícia foi acionada para conter os torcedores rebeldes Folhapress Tumulto e depredação no Palestra Itália durante venda de ingressos

A venda de ingressos para o clássico Santos e Palmeiras deste domingo gerou confusões nas bilheterias palmeirenses na quinta-feira (20). Inconformados com os privilégios dados aos sócios torcedores, um grupo depredou o local e chegou a agredir alguns funcionários.

O conselheiro e membro da oposição do Palmeiras Wladimir Pescarmona falou com a Jovem Pan e criticou as atitudes da diretoria. Para ele, há uma discriminação e elitização na venda de ingressos.

“A ferramenta do Avante [programa de sócio torcedor do Palmeiras] é muito importante para alavancar uma série de recursos extras que ajudam no caixa do clube. É importante, tem que incentivar, mas eles estão fazendo uma torcida dentro de uma torcida”.

Para ele, apenas um grupo está sendo privilegiado. E mesmo acreditando que os sócios torcedores têm direito a vantagens, por estarem pagando mensalidade, é necessário um equilíbrio para atender a todos. “A diretoria não pode tomar decisão ditatorial, elitista e atender a só uma classe de torcedores. Não existe classe, todos são torcedores e têm direito de comprar o ingresso”.

A crítica é que sócios do clube, que também pagam adicional, não têm preferências, e que os torcedores organizados ou comuns acabam sem oportunidade de comprar as entradas. “Acho que o Palmeiras tem que disponibilizar uma carga para o sócio Avante, separar uma porcentagem pra torcedor comum e se no final da história sobrou ingresso, colocar novamente uma carga a disposição do torcedor. Tem que dar privilégio para o sócio torcedor, porque ele tem diferencial e paga, mas não pode disponibilizar toda a carga pra ele. Precisa de equilíbrio, pra quem não paga o Avante ter a oportunidade de comprar”.

Participando da oposição nas eleições do ano passado, Wladimir critica a administração de Paulo Nobre, mas prefere não falar sobre o futebol. “Estamos na final do campeonato e qualquer declaração poderia atrapalhar um eventual bom resultado da equipe, discutimos depois do Paulista. Mas na parte social está mal a situação. O clube tá carente de limpeza, segurança, o prédio continua com puxadinho. Sobre a Arena, também aconteceu uma situação delicada, não poderia chegar aonde chegou. É um parceiro de 30 anos, tinha que ter jogo de cintura para chegar a um denominador comum e não a crise que instalou entre WTorre e Palmeiras”.

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