A 30 dias da Copa, chance de novas lesões é o que mais preocupa a organização

  • Por EFE
  • 15/05/2018 08h14
  • BlueSky
Divulgação FIFA Estádio Luzhniki está praticamente pronto para receber o 1º jogo da Copa

Os organizadores da Copa do Mundo da Rússia garantem que, a um mês da competição, está quase tudo pronto no país para o torneio, e que a maior preocupação que possuem é a de não haver mais jogadores cortados por conta de lesões.

“Todos os estádios já estão prontos. Os eventos-testes provaram que a Rússia está preparada para organizar a Copa”, disse Arkadi Dvorkovich, presidente do comitê organizador do Mundial.

Em relação aos palcos das partidas, a Fifa tem feito muitas observações para o comitê sobre a situação em que estão, incluindo o Luzhniki, onde será disputada a abertura, no dia 14 de junho, e também a final, em 15 de julho.

Sobre a estrutura fora dos estádios, operários se apressam para terminar a colocação de asfalto nos acessos, a instalação do mobiliário urbano e a criação de zonas verdes. No último domingo, foi inaugurada uma estação de metrô em frente ao estádio Krestovsky, em São Petersburgo, durante a última rodada do Campeonato Russo. O local vai receber uma partida das quartas de final e uma das semifinais da Copa.

As outras nove cidades, com exceção de Sochi e Kazan, que sediaram a Copa das Confederações, estão terminando os últimos preparativos, embora as partidas do campeonato disputadas nesses estádios já tenham mostrado que quase tudo está bem adiantado. Até a Cosmos Arena, na cidade de Samara, onde escavadeiras terminam os trabalhos ao redor, já recebeu um jogo oficial e não preocupa a organização.

Quase todos os ingressos para as partidas na Copa estão esgotados, e o Mundial da Rússia pode se tornar o de maior público da história, já que o país espera receber mais de 1 milhão de torcedores estrangeiros, vindos especialmente de EUA, China, Brasil, México e Argentina.

Para facilitar a vida desses torcedores, além da isenção de vistos para os que tiverem uma ‘Fan ID’ (identificação que será concedida a quem comprar ingressos para os jogos), os organizadores anunciaram que os turistas estrangeiros terão agora três dias para se registrarem com as autoridades.

Cerca de 90% dos quartos de hotéis já estão reservados, apesar dos altos preços, especialmente em lugares como Saransk, a menor cidade do torneio.

Para a cerimônia de abertura, o comitê organizador mantém segredo sobre os detalhes, mas já adiantou que será mais curta do que as das edições de 2010 e 2014 e terá um novo formato.

Apesar dos conflitos políticos envolvendo a Rússia, já não se fala mais em boicote, embora o Reino Unido tenha se pronunciado após o caso do ataque químico em Salisbury para anunciar que a família real britânica não viajará a Moscou, decisão que também será seguida pelas autoridades de Polônia e Islândia.

“As iniciativas políticas de boicotar a Copa do Mundo na Rússia não tiveram sucesso. Se alguém tinha essa intenção, fracassou. A situação internacional poderia ter sido mais amistosa”, disse Alexei Sorokin, diretor-geral do comitê organizador.

Com relação ao uso de tecnologia na competição, todas as equipes concordaram com a utilização do árbitro de vídeo (VAR), e a Fifa já determinou um grupo de 13 árbitros que atuarão exclusivamente nessa função. O uso do VAR não fez muito sucesso durante a Copa das Confederações, mas a insatisfação foi mais pelo tempo gasto para a análise do que pelos resultados.

A Fifa vai tratar sobre esse assunto e outros detalhes durante o congresso da entidade em Moscou, dias antes da competição, com o presidente Gianni Infantino, o maior defensor da introdução de novas tecnologias no futebol.

Se por um lado as questões técnicas relacionadas à estrutura da Copa do Mundo da Rússia seguem sem maiores problemas, o mesmo não se pode dizer dos astros do Mundial. A Fifa e os organizadores estão receosos devido ao número de lesões entre jogadores que provavelmente seriam convocados, tão perto do início do torneio.

As últimas rodadas dos campeonatos trouxeram más notícias para a Copa. A ausência mais sentida foi a de Daniel Alves, que era o dono da lateral direita da Seleção Brasileira e acabou fora da competição devido a uma lesão no joelho na final da Copa da França, atuando pelo Paris Saint-Germain.

Antes dele, o francês Laurent Koscielny (Arsenal), o inglês Oxlade-Chamberlain (Liverpool) e o russo Aleksandr Kokorin (Zenit) também deram adeus à Copa por causa de lesões.

A expectativa nesta reta final fica por conta de três das grandes estrelas do Mundial que, a princípio, permanecem confirmadas: Lionel Messi, pela Argentina; Cristiano Ronaldo, por Portugal, e Neymar, pelo Brasil. O brasileiro e o português ainda se recuperam de contusões, mas não devem ser problema para a competição.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.