Após “dia do fico”, Griezmann é destaque em treino da França

  • Por EFE
  • 15/06/2018 11h32 - Atualizado em 15/06/2018 11h33
EFE/EPA/YURI KOCHETKOV Griezmann é o principal astro da França atualmente

O atacante Antoine Griezmann foi o grande protagonista no primeiro treino da França na Kazan Arena, onde neste sábado (16) estreará nesta Copa do Mundo, enfrentando a Austrália.

O camisa 7 dos “Bleus”, nesta quinta (14), informou publicamente através de um programa de televisão que continuará no Atlético de Madrid, rechaçando uma sondagem do Barcelona, foi o centro das atenções para a imprensa, que teve acesso a 15 minutos das atividades.

Os 23 jogadores da seleção francesa entraram em campo em Kazan às 12h (local, 6h de Brasília) e iniciaram os trabalhos com uma corrida contínua para depois darem alguns piques. Na sequência, teve início o trabalho com bola, momento em que os goleiros Hugo Lloris, Alphonse Areola e Steve Mandanda se separaram do restante do elenco.

O técnico Didier Deschamps não deu pistas sobre o time titular, mas tudo indica que escolherá o jovem Benjamin Pavard na lateral direita em lugar de Djibril Sidibé e por Lucas Hernández na esquerda em vez de Benjamin Mendy. Griezmann, Kylian Mbappé e Ousmane Dembélé provavelmente formarão o trio de ataque, deixando Olivier Giroud, jogador de menor mobilidade, no banco.

Lloris

O goleiro Hugo Lloris optou por tirar pressão da França na Copa do Mundo e disse que, embora tenha “muita ambição”, a equipe não é favorita porque há outras equipes “de grande nível” na Rússia.

“Nossa equipe tem muita ambição, mas não nos consideramos favoritos. Há muitas seleções de grande nível na competição, como Brasil, Alemanha e Espanha. Nós encaramos cada partida como um desafio e queremos chegar o mais longe possível. Se visarmos muito adiante podemos ter um acidente”, disse Lloris em entrevista coletiva antes da estreia contra a Austrália.

A França, uma das favoritas ao título na Rússia segundo os analistas, começa sua caminhada no Mundial de 2018 amanhã na Kazan Arena.

“Estamos contentes por disputar a Copa do Mundo na Rússia. Temos muita ambição, e agora é preciso demonstrá-la em cada partida. Sabemos que o nível é muito alto, mas é uma grande oportunidade para a França e temos que aproveitá-la ao máximo e tentar superar todos os obstáculos”, afirmou o goleiro.

“Amanhã será um jogo difícil, muito intenso; será uma verdadeira batalha. Estudamos o adversário e sabemos que será complicado. No entanto, temos que respeitar os nossos fundamentos e tentar ganhar como equipe e com as nossas individualidades”.

Lloris destacou o potencial da Austrália, um time “acostumado a disputar Copas do Mundo e com muitos jogadores atuanto na Europa”.

“É um país acostumado a disputar a Copa do Mundo; progrediu muito nos últimos anos e estará preparado mentalmente. Muitos dos seus jogadores atuam na Europa, na Premier League ou em divisões inferiores da Inglaterra; são jogadores dedicados e que querem dar o máximo por seu país”, explicou o francês.

Além disso, Lloris afirmou que Samuel Umtiti, que sofreu com problemas físicos nos últimos dias, está “preparado” para jogar amanhã.

“Sam está muito tranquilo com sua situação. Teve um pequeno problema, mas está preparado”, comentou.

Umtiti e seu companheiro de zaga, Raphael Varane, “jogam nos melhores clubes do mundo e estão acostumados com a pressão. Os dois têm perfis parecidos e vão se entender muito bem. O importante é o entrosamento e a solidez que eles têm. Eu darei a eles as indicações necessárias para que, todos juntos, mostremos um grande nível”, disse Lloris.

Deschamps

O técnico da França, Didier Deschamps, minimizou a importância da inexperiência de sua seleção na Copa do Mundo, com uma média de idade de 26 anos, afirmando que seus jogadores estão acostumados a disputar os principais torneios.

A França tem a segunda menor média de idade da Copa do Mundo, empatada com a Inglaterra. Apenas a Nigéria tem uma equipe mais nova, com 25,9 anos de média.

“Os meus jogadores serem jovens não é um risco para nada. Há 14 dos 23 que nunca disputaram uma grande competição como a Copa do Mundo, mas se os escolhi é porque acredito que estão preparados. Não é assumir um risco: todos têm qualidade”, disse Deschamps.

“São jogadores que jogam nos melhores clubes e que estão acostumados às grandes competições. Jovens ou não, isso é o de menos: me interesso é pelo grupo, não por sua idade. Estão acostumados a render no nível máximo”, explicou o treinador.

Campeão do mundo como jogador sobre o Brasil em 1998, Deschamps fez mistério sobre a equipe que escalará para a estreia da França no Mundial, amanhã, contra a Austrália, na Kazan Arena.

“Escolhi a equipe que, acredito, é a melhor para a França, apostando na energia coletiva e na qualidade individual, buscando sempre criar dificuldades ao rival”, indicou.

Além disso, Deschamps elogiou o adversário, que mudou muito desde a saída do técnico australiano Ange Postecoglou, em novembro, e a chegada do holandês Bert van Marwijk;

“Eles fizeram duas partidas antes do Mundial e mudaram algumas coisas no sistema de jogo. Os jogadores são os mesmos, mas agora vemos uma equipe que gosta de jogar e que tem um grande potencial ofensivo. Não são só bolas longas, como era antes, eles gostam de colocar a bola no chão”, analisou Deschamps.

“Van Marwijk joga com uma formação diferente. Antes eles atuavam com três zagueiros centrais, em uma linha de cinco, agora são quatro. Ele mudou muitas coisas e temos que estar preparados”, alertou Deschamps.

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