Ataque da Bélgica era o melhor da Copa do Mundo, mas falhou em momento decisivo

  • Por EFE
  • 11/07/2018 11h22 - Atualizado em 11/07/2018 11h22
EFE De Bruyne não conseguiu brilhar contra a França

A seleção belga tem o melhor ataque da Copa do Mundo, com 14 gols, mas essa potência ofensiva acabou não aparecendo nas semifinais, e a equipe comandada por Roberto Martínez foi derrotada pela França por 1 a 0.

Mais do que a ausência de gols, o que surpreendeu na atuação da Bélgica foi a criação de chances de gols: apenas três bolas chegaram na meta defendida pelo goleiro Hugo Lloris, que demonstrou segurança nos chutes que foram em sua direção.

Romelu Lukaku – autor de quatro gols na competição -, Dries Mertens, Kevin de Bruyne e Marouane Fellaini – todos com um gol marcado – não tiveram uma noite inspirada em São Petersburgo. Eden Hazard, que marcou dois gols no torneio, foi o único que buscou o jogo durante os 90 minutos, mas também não conseguiu furar a defesa francesa.

Foi somente durante os primeiros 30 minutos de jogo que os “Diabos Vermelhos” assustaram os adversários, o que é pouco para um jogo de máxima exigência que é um confronto pela vaga histórica em uma final de Copa. De um início eletrizante, a equipe belga deixou os “Bleus” crescerem, viram o gol de Samuel Umtiti no início do segundo tempo e não tiveram inspiração para igualar o marcador.

A prancheta de Roberto Martínez, tão efetiva para anular o Brasil nas quartas de final, não encontrou opções para encarar a defesa rival. Dos que entraram durante a partida, somente Mertens criou algum perigo real. Ferreira Carrasco e Michy Batshuayi não fizeram nada.

A Bélgica é a segunda seleção com mais chutes a gol no Mundial, com 36 finalizações na direção correta, atrás apenas do Brasil (38) e com 50% a mais que o adversário de ontem, a França (24), em dados divulgados pela Fifa.

O que se destacou foi a eficiência defensiva dos franceses, que têm 44 bolas recuperadas, contra 34 dos vizinhos belgas, no torneio.

Os comandados por Martínez terminaram o confronto com 64% de posse de bola, contra 36% do time de Didier Deschamps. Para se ter uma ideia da discrepância, Toby Alderweireld e Vincent Kompany trocaram 47 passes, enquanto que o próprio Alderweireld e Chadli fizeram 35 passes entre si. A principal conexão francesa foi entre o lateral-direito Pavard e o ponta Kylian Mbappé, com 16 passes trocados.

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