Balanço da 1ª rodada: favoritos, africanos e sul-americanos fracassam em Copa equilibrada
Existe uma palavra que pode resumir tudo que aconteceu na 1ª rodada da Copa do Mundo de 2018: equilíbrio. Esta foi a tônica dos primeiros 16 jogos do torneio. A maioria das seleções teve dificuldades para vencer, muitas vezes com placares magros. E no meio de tanto equilíbrio é possível encontrar um dado curioso: as seleções sul-americanas e africanas começaram muito mal na Rússia. Já os times europeus ficaram quase invictos.
Em relação ao equilíbrio, basta observar os placares dos jogos para perceber como as partidas foram decididas por detalhes: 10 vitórias foram resolvidas por apenas um gol de diferença. E ainda aconteceram 3 empates. Ou seja, apenas 3 seleções conseguiram vitórias mais tranquilas: Rússia (5 a 0 contra a Arábia Saudita), Croácia (2 a 0 contra a Nigéria) e Bélgica (3 a 0 contra o Panamá).
Isso leva a uma segunda conclusão: as seleções que eram apontadas como favoritas ao título não conseguiram deslanchar por enquanto. Alemanha, Brasil e Espanha eram as mais citadas neste quesito. Mas a primeira perdeu para o México, enquanto as outras duas empataram com Suíça e Portugal, respectivamente.
Entre as seleções que já foram campeãs mundiais, a Argentina empatou com a Islândia, em uma das maiores zebras até agora. Uruguai, França e Inglaterra venceram, mas sempre com dificuldades: uruguaios e ingleses, por exemplo, só fizeram os gols decisivos nos últimos minutos. E os franceses tiveram dificuldade para bater a frágil Austrália.
Resultados por continente
Poucas seleções encantaram, mas pelo menos as equipes da Europa conseguiram resultados importantes: foram 8 vitórias, 4 empates e duas derrotas.
Já as seleções africanas tiveram um péssimo aproveitamento, pois 4 saíram com derrotas e só uma, Senegal, venceu.
O desempenho sul-americano também foi fraco. Só o Uruguai venceu. Brasil e Argentina decepcionaram e empataram. Colômbia e Peru perderam jogos importantes. É o pior início de Copa das equipes da Conmebol desde a Copa de 1982, na Espanha, quando o Brasil venceu, mas o Peru empatou, e Argentina e Chile perderam.
As seleções asiáticas conseguiram duas vitórias, com Irã e Japão. Mas Coreia do Sul, Arábia Saudita e Austrália (que representa o continente asiático na Fifa) foram derrotadas e dificilmente vão avançar.
Entre as seleções da América Central, apenas o México impressionou, contra a Alemanha. Costa Rica e Panamá mostraram muitas fragilidades e limitações, como já era esperado.
Quantidade de gols
A 1ª rodada da Copa de 2018 terminou sem nenhum 0 a 0. Mas isso não significa que o torneio teve uma alta média de gols até aqui. Por enquanto a bola entrou 38 vezes, o que significa média de 2,3 gols por jogo.
Na fase de grupos da Copa de 2014, no Brasil, essa média foi superior: 2,67 por jogo. Em 2010 e 2006, o número foi parecido: médias de 2,27 e 2,3 respectivamente. Na maioria dos mundiais as médias foram maiores também. Apenas em 90 o número foi menor do que a parcial de 2018, com 2,21 gols por jogo na Copa da Itália. Mas as médias dessas Copas são com gols marcados em toda primeira fase. Então uma comparação mais precisa só poderá ser feita daqui a mais 32 jogos.
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