Com responsabilidades diferentes, Brasil e Bélgica lutam por ida à semifinal

  • Por EFE
  • 05/07/2018 11h17 - Atualizado em 05/07/2018 14h28
  • BlueSky
PAULO PINTO/ESTADÃO CONTEÚDO O último encontro entre as duas seleções em Copas foi em 2002, quando os brasileiros venceram por 2 a 0, gols de Rivaldo e Ronaldo, e se tornaram campeões do mundo na sequência do torneio

Brasil e Bélgica se enfrentarão nesta sexta-feira, às 15h (de Brasília) em Kazan, pelas quartas de final da Copa do Mundo, e têm responsabilidades diferentes para encarar o duelo que vale um lugar entre os quatro melhores do torneio.

A seleção brasileira é que tem mais títulos mundiais e vem em uma sequência de sete participações seguidas nas quartas, sendo que nesse período foi campeã duas vezes. A última ocasião em que ficou de fora foi em 1990, quando acabou eliminado por um gol solitário do argentino Claudio Cannigia.

Mas o Brasil entra em campo pressionado pelas últimas eliminações decepcionantes em Copas, com derrotas para França (1 a 0, em 2006) e Holanda (2 a 1, em 2010), as duas nas quartas de final, e o traumático 7 a 1 para a Alemanha nas semifinais da edição passada, em casa.

Pelas conquistas históricas, a equipe pentacampeã sempre é alvo de expectativas da torcida. Perder jogando mal é uma combinação explosiva para qualquer geração, e o favoritismo vira pressão quando grandes campeões e astros são eliminados precocemente.

Alemanha, Espanha, Argentina, Cristiano Ronaldo, Messi… Todos estão fora da competição, que não contou a participação de Itália e Holanda. A França é a única campeã mais recente – já faz 20 anos – ainda viva, e a sensação é que o caminho está se abrindo para um título brasileiro.

Enfrentar uma seleção sem tradição como a Bélgica, em outros tempos, seria visto como um desafio que não é dos mais complicados. Entretanto, com uma geração de jogadores destacados no futebol internacional, como o goleiro Thibaut Courtois, os meias Eden Hazard e Kevin De Bruyne e o atacante Romelu Lukaku, os ‘Diabos Vermelhos’ passaram a ser mais temidos.

O mesmo se aplicou no duelo contra o México, que vinha apresentando um bom futebol, tinha retrospecto de algumas vitórias importantes contra o Brasil, mas não foi páreo nas oitavas de final e perdeu por 2 a 0, sem assustar.

Da partida da última segunda, o técnico Tite traz apenas um problema. O volante Casemiro levou o segundo cartão amarelo e está suspenso do jogo na Kazan Arena. O substituto já está definido e será Fernandinho, jogador que teve grandes sequências como titular na seleção brasileira e, por isso, não gera maiores preocupações.

Tite, inclusive, tem mais opções para montar o time para a partida que vale vaga nas semifinais. Todos os jogadores estiveram à disposição no último treino, o que significa que o lateral-esquerdo Marcelo e o meia-atacante Douglas Costa têm condições de jogo. O primeiro retomará a titularidade, como já foi confirmado pelo treinador, enquanto o segundo será opção no banco.

Pelo lado da Bélgica, a pressão é para confirmar todos os elogios que vem recebendo nos últimos anos, o que lhe valeu o apelido de “Ótima Geração Belga”, expressão também usada com ironia por detratores. Mas a verdade é que o time de Roberto Martínez chega para esta edição da Copa do Mundo no ápice da junção entre talento, experiência e vigor físico.

A média de idade de 27 anos é a ideal para unir esses fatores, e a seleção europeia vem demonstrando em campo esse fator. Além de ser o time que mais fez gols na disputa, com 12, apresenta muita qualidade na construção de jogadas ofensivas, além de ter grande solidariedade entre os jogadores. Tudo isso é exemplificado pelo gol que deu a classificação contra o Japão, marcado por uma rara combinação de velocidade, técnica e inteligência.

A vitória nas oitavas de final, inclusive, mostrou outra qualidade da equipe, que foi ter tranquilidade para lidar com uma situação bastante adversa ao estar perdendo por 2 a 0 na metade da segunda etapa, para virar e conseguir a classificação ainda no tempo regulamentar. Só que este mesmo jogo expôs uma fragilidade defensiva que pode ser fatal contra o Brasil.

A entrada de Fellaini e Chadli foi uma boa saída para Martínez durante a partida passada, e eles podem ganhar vaga para este duelo em Kazan, pensando também em fortalecer o jogo aéreo. Ferreira-Carrasco e Mertens deverão ir para o banco.

O último encontro entre as duas seleções em Copas foi em 2002, quando os brasileiros venceram por 2 a 0, gols de Rivaldo e Ronaldo, e se tornaram campeões do mundo na sequência do torneio.

Prováveis escalações:

Brasil: Alisson; Fagner, Miranda, Thiago Silva e Marcelo; Fernandinho, Paulinho e Philippe Coutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jesus. Técnico: Tite.

Bélgica: Courtois; Alderweireld, Kompany e Vertonghen; Meunier, Witsel, De Bruyne, Fellaini e Chadli; Hazard e Lukaku. Técnico: Roberto Martínez.

Árbitro: Milorad Mazic (Sérvia), auxiliado pelos compatriotas Milovan Ristic e Dalibor Djurdjevic.

Estádio: Kazan Arena, em Kazan.

Acompanhe a cobertura completa da Copa 2018 pela Jovem Pan.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.