Giroud pode seguir os passos de Guivarch, centroavante campeão sem gol em 1998
Na conquista inédita da França na Copa do Mundo em casa, há 20 anos, alguns jogadores marcaram época e são lembrados até hoje pela campanha vitoriosa, fechada em grande estilo com uma vitória sobre o Brasil em 12 de julho de 1998, em Saint-Denis.
Deram brilho aos “Bleus” atletas como o goleiro Fabien Barthez, cuja careca era beijada pelo zagueiro Laurant Blanc antes de cada partida, defensores como Marcel Desailly e Lillian Thuram, e meias Muito técnicos como Zinedine Zidane e Didier Deschamps, hoje treinador da seleção.
Thierry Henry e David Trezeguet tinham o nome e a capacidade para serem estrelas naquela Copa, mas o técnico Aime Jacquet cedeu a responsabilidade de fazer os gols a Stephane Guivarch, então no Auxerre.
O seu futebol aguerrido e o faro de gol fizeram-no artilheiro do Campeonato Francês e da Copa da Uefa na temporada anterior, pelo Rennes, e da Copa da Uefa 1997-1998, defendendo o Auxerre.
Foi o camisa 9 de Jacquet na preparação, e durante o Mundial foi praticamente intocável, disputando as três partidas da fase de grupos, as quartas (contra a Itália), as semifinais (Croácia) e a decisão.
Depois do título, Guivarch fracassou com a camisa do Newcastle, pelo qual atuou por apenas um ano. Então voltou ao Auxerre para jogar por mais duas temporadas, de 1999 a 2001, até pendurar as chuteiras defendendo o Guingamp por um ano.
Agora, na Rússia, quem vive situação parecida é Olivier Giroud. O centroavante do Chelsea perdeu a posição ao longo da preparação, porque o agora técnico Deschamps queria um ataque mais veloz e deu uma oportunidade a Ousmane Dembélé.
A ideia, entretanto, não vingou, e Giroud recuperou a titularidade a partir da segunda partida, tornando-se um dos pilares do 4-2-3-1 da equipe.
Em um grupo com tantas alternativas no ataque, setor que conta com Antoine Griezmann e a sensação Kylian Mbappé, a sua briga e a função de pivô muito bem exercida fazem com que Giroud seja respeitado mesmo sem ter finalizado uma vez sequer no gol dos adversários em 465 minutos em campo.
Giroud estreou na seleção francesa em novembro de 2011 e desde então atuou 80 vezes pelos ‘Bleus’, com 31 gols, nenhum deles em gramados russos.
A Copa de 20 anos atrás e a passagem ruim pelo Campeonato Inglês minaram a carreira de Guivarch, que acabou trocando o futebol para abrir uma empresa especializada em piscinas.
Giroud, por sua vez, já fez o próprio nome na Inglaterra. Marcou mais de 100 gols pelo Arsenal, um deles eleito o mais bonito do mundo em 2017, e desde o começo deste ano defende o Chelsea. E agora, com gol na final ou não, tenta conquistar o título mundial.
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