Médico da seleção russa rebate acusações de doping feitas por imprensa alemã

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/07/2018 15h30 - Atualizado em 09/07/2018 15h38
EFE Eduard Bezuglov disse que jogadores fizeram uso de amônia, o que não é considerado doping

O médico da seleção russa, Eduard Bezuglov, negou nesta segunda-feira (9) as acusações feitas pela imprensa alemã, de que os jogadores se doparam antes dos jogos com Espanha e Croácia, respectivamente, pelas oitavas e quartas de final da Copa do Mundo.

O jornal Bild destacou que os integrantes da seleção anfitriã, após entrarem em campo, foram vistos esfregando uma bola de algodão com força no nariz. Ela estaria encharcada com amônia, o que foi confirmado pelo chefe do departamento médico.

“Se trata, simplesmente, de amônia, que você impregna em pedaço de algodão e depois inala. Milhares de atletas fazem isso para se estimular. Se usa isso há décadas”, afirmou Bezuglov à imprensa da Rússia.

O médico explicou que a substância não é utilizada apenas no esporte, mas também no dia-a-dia das pessoas, quando alguém perde consciência ou se sente frágil. “Você pode ir a qualquer farmácia, comprar algodão e amônia. Isso não tem qualquer relação com doping”, garantiu.

O jornal Süddeutsche Zeitung veiculou que integrantes da delegação da Rússia na Copa do Mundo confirmaram que jogadores inalavam amônia para se sentir melhor durante os jogos, e isso ocorreu antes do jogo com a Espanha, pelas oitavas.

O veículo destaca que a substância melhoraria a irrigação sanguínea e a capacidade pulmonar, embora, a amônia não seja classificada como proibida pelo antidoping da FIFA.

Esta não é a primeira vez que o futebol russo é considerado suspeito de doping, pois, em 2016, a FIFA abriu investigação a 11 jogadores citados no relatório McLaren, produzido a pedido da Agência Mundial Antidoping, que revelou escândalo de consumo de substâncias ilegais patrocinado pelo Estado.

Entre os envolvidos estaria o zagueiro Ruslan Kambolov, do Rubin Kazan, que chegou a ser convocado para a Copa, mas acabou cortado por lesão.

O caso, no entanto, foi fechado por falta de provas, de acordo com os advogados do defensor, que acabou substituído no torneio pelo veterano Sergey Ignashevich.

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