Por Tite é Willian, pelo time, Fernandinho
Renato Augusto foi perdendo intensidade na China. Culpa do futebol que se joga pouco em todos os sentidos por lá. Não dele, dos mais sérios profissionais à disposição de Tite, que conseguiu extrair de Renato em 2015 o seu melhor jogo, um tanto mais atrás. Como já jogou bem com Tite. Como já vinha jogando com Dunga. Como não começará jogando a Copa – já estava na cabeça do treinador. E, sorte nossa, pela cabeça e caráter, Renato é do tipo que aporta soluções. Não tem soluços.
Tite quer um time mais criativo e móvel. Mais ousado com Paulinho dando um pé a Casemiro, mas também chegando à linha de três de criação. Com Willian mais agudo e vertical a partir da direita, Coutinho solto por dentro, Neymar neymarzando a partir da esquerda, e Gabriel Jesus lá na frente.
O time ideal para criar espaços contra rivais fechados – a maioria de nossos rivais na Copa e no mundo.
Mas o time parece preferir a formação mais cautelosa. Nossos solertes colegas de UOL que marcam a Seleção como ela será seguida na Copa, detectam que o time e talvez o grupo (à exceção de Willian, óbvio) preferem Fernandinho no meio.
Com o volante do Manchester City, em ótima fase e mais versátil com Guardiola, Marcelo ganha mais segurança para atacar e criar. Paulinho também pode se soltar mais para pisar na área rival. Casemiro ganha um aliado no combate e até para alternar os avanços. Na frente, Coutinho vai flutuar a partir da direita. Dando o corredor para o lateral que Tite escolher.
Neymar terá ainda mais liberdade para criar e não precisar nada além disso sem a bola. Se não terá companhia mais qualificada para armar, ainda assim pode se bastar.
Por Tite, a formação mais ofensiva seria a utilizada para começo de papo e Copa. Pelo time, pode ser que ele entre mais trancado. Ou menos ofensivo.
Mas o que todos já sabem, e a história conta, é que a partir do terceiro jogo muita coisa pode mudar.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.