Rússia faz lista com quase 500 hooligans proibidos de ver jogos da Copa
O chefe do Departamento de Segurança de Moscou, Vladimir Chernikov, informou nesta quinta-feira (31) que quase 500 hooligans russos foram incluídos na lista de torcedores proibidos de entrarem nos estádios para assistirem aos jogos da Copa do Mundo.
“São 467 pessoas, destas, 157 moradores de Moscou, que não receberam o passaporte de torcedor que permite a entrada nas partidas da Copa”, afirmou Chernikov.
O chefe do Departamento de Segurança revelou que outros países também já entregaram às autoridades russas as suas próprias relações com nomes de torcedores radicais, o que deve aumentar a lista.
Chernikov destacou que os estádios estarão equipados com várias câmeras de vigilância e sistemas de identificação, o que facilitará a identificação dos hooligans.
“O esporte deve unir as pessoas e em nenhum caso instigar paixões alheias ao futebol. Estamos cientes do problema e é por isso que hoje trabalhamos com os clubes do Manchester United, Liverpool e Chelsea em nosso país”, destacou.
A lista de torcedores banidos também foi criada pelas autoridades na Copa das Confederações, no ano passado, em quatro cidades russas, e incluía quase 200 pessoas.
Os confrontos entre torcedores do Spartak Moscou e do Athletic Bilbao na partida de volta da segunda fase da Liga Europa, em fevereiro, que acabou com um policial morto, deixaram as autoridades em alerta. Algumas pessoas chegaram a pedir que os clubes russos fossem expulsos das competições europeias, como aconteceu com os ingleses no período de 1985 a 1990.
Os problemáticos torcedores russos foram comparados aos hooligans ingleses na Eurocopa da França em 2016, quando protagonizaram vários confrontos que terminaram em sangue nas ruas de Marselha e Lille.
Entretanto, os hooligans russos atualmente são considerados uma versão pior que a inglesa, com mais organização e preparação física, sendo definidos pela polícia como paramilitares, e chegam a organizar treinamentos em florestas nos arredores de Moscou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, decidiu endurecer as punições contra os torcedores radicais, tantos russos quanto estrangeiros. Segundo a lei, quem violar as regras durante as competições esportivas receberá multas de até 20 mil rublos (quase R$ 1,2 mil), serão detidos durante 15 dias e podem ser proibidos de frequentarem estádios por um período de um a sete anos.
Se o infrator for estrangeiro, receberá uma multa parecida e, além disso, será deportado, como aconteceu com os hooligans russos durante a Eurocopa de 2016.
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