Técnico da Cróacia destaca força do contra-ataque da França antes da final
O técnico da Croácia, Zlatko Dalic, destacou as qualidades da França, adversária na final da Copa do Mundo, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (12), ressaltando especialmente a defesa e os contra-ataques dos “Bleus” no torneio.
“Jogamos a partida mais dura contra o rival mais difícil porque se trata de uma final. Não é fácil jogar contra a França. Eles têm uma grande solidez defensiva e, ao lado de Bélgica e Marrocos, contam com o melhor contra-ataque. Mbappé é muito rápido e eles jogam muito bem contra-atacando, mas, sendo solidários, podemos resistir a isso”, afirmou o treinador no Estádio Luzhniki, em Moscou, palco da grande decisão do Mundial.
Dalic também reclamou do fato de a seleção croata chegar ao duelo decisivo mais cansada que a adversária devido às prorrogações, mas garantiu que isso não será usado como desculpa por seus atletas.
“Somos a única equipe que vai jogar oito partidas. Além disso, a França vai estar mais descansada porque teve um dia a mais para se recuperar. Mas não é uma desculpa. Embora seja uma dificuldade a mais, temos a energia e a motivação suficiente para superá-la”, destacou o técnico na entrevista.
A Croácia precisou do tempo extra para bater a Dinamarca nas oitavas de final, a Rússia nas quartas e a Inglaterra na semifinal. Somados, os 30 minutos adicionais de cada partida significariam um jogo a mais para os comandados de Dalic no torneio.
O técnico também disse não temer uma marcação especial sobre o Luka Modric, ressaltando que outras equipes já tentaram e sofreram com a qualidade do restante do meio-campo croata.
Dalic ainda elogiou Deschamps por ter levado a França às finais da Eurocopa e do Mundial e concordou com o ex-jogador holandês Marco van Basten, que considerou como “milagre” a presença da Croácia na briga pelo título da Copa do Mundo.
“Definitivamente é um milagre. Entramos na história como a menor equipe a chegar na final e, se olharmos a infraestrutura que cada uma tem, está claro que é um milagre. Por isso estou tão orgulhoso dos jogadores. Espero que isso mude e está é uma boa oportunidade para dizê-lo. O futebol precisa de mais atenção”, ressaltou.
O passado também não está na mente do técnico croata, que, apesar de considerar a França favorita, não pensa no principal encontro entre as duas seleções em Mundiais: a vitória dos ‘Bleus’ na semifinal da Copa do Mundo de 1998, por 2 a 1.
“Não acredito nas estatísticas, nem no que ocorreu há 20 anos. Se acreditasse nas estatísticas, não estaria aqui. Confio em nós. Por que não seremos os novos campeões?”, questionou Dalic.
Perguntado sobre problemas extracampo – a situação judicial de Modric e a polêmica do suposto grito nacionalista de Domagoj Vida -, o técnico se esquivou.
“Já disse que não ia falar de coisas alheias ao futebol. Acredito que agora é preciso ser positivo, ter uma boa mentalidade. Tento tirar dos jogadores toda a negatividade e focar no positivo. Houve gente que boicotou a seleção desde o início”, afirmou.
O técnico croata também disse confiar em Ivan Perisic, autor do gol do empate contra a Inglaterra e eleito o melhor da partida.
“Perisic foi um jogador completamente distinto depois de marcar. Falamos sobre isso, ele ganhou confiança. Precisamos que ele volte ao nível da Eurocopa. Precisamos do melhor Perisic para a final”, destacou o técnico.
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