Técnico da França diz que Mbappé precisa manter foco

  • Por EFE
  • 05/07/2018 15h08
EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO Mbappé fez jogo brilhante contra Argentina

O técnico Didier Deschamps afirmou nesta quinta-feira (5) que o jovem atacante Kylian Mbappé já demonstrou seu potencial na partida da seleção da França contra a Argentina, mas que, aos 19 anos, ainda tem muitas coisas a aprender e precisa continuar trabalhando.

“O que Mbappé fez contra a Argentina foi muito bom e serviu para mostrar ao mundo o que ele sabe fazer. Uma partida assim é algo muito forte, mas tivemos tempo para digerir o que passou. A imprensa é quem diz se um jogador é uma estrela ou não. Sua atuação foi muito boa, o que tinha feito até o momento também era fantástico para quem tem apenas 19 anos. Pode continuar progredindo muito e tem que seguir administrando estes momentos”, disse o treinador francês.

Segundo Deschamps, quando as coisas vão bem para um jogador, ele precisa ter cuidado para não relaxar e deve continuar trabalhando. “Kylian é muito inteligente e sabe escutar. Ele sabe disso tudo. Na sua carreira, já passou por uma grande mudança ao sair do Monaco para o Paris Saint-Germain, no qual é mais exigido. Ainda está aprendendo e, independentemente do talento que tenha, tem que continuar fazendo isso”, destacou.

Durante a coletiva pré-jogo, além de Mbappé, outro nome dominou as perguntas feitas ao técnico francês: Edinson Cavani. O atacante uruguaio, que foi o responsável pelos dois gols na vitória que garantiu a vaga da “Celeste” nas quartas de final, é dúvida para a partida, devido a uma lesão na panturrilha esquerda.

Para Deschamps, a possível escalação de Cavani não alterará o esquema de jogo da seleção francesa, que sabe o que precisa fazer dentro de campo com ou sem o centroavante.

“Se ele não estiver em campo, haverá outros jogadores excepcionais. O Uruguai tem Stuani, tem Maxi Rodríguez com um perfil diferente, e eu não posso adivinhar o que vai acontecer. Preparo minha equipe para qualquer situação. Cavani é um dos melhores jogadores do mundo, eu o conheço muito bem. Se não puder jogar, não mudará totalmente a cara do Uruguai. Stuani e Maxi são muito bons também”, comentou.

Ao ser questionado se Antoine Griezmann pode ter desvantagens ao enfrentar Diego Godín e José María Giménez, companheiros no Atlético de Madrid, o técnico francês lembrou que a situação também funciona ao contrário.

“Griezmann também conhece os dois muito bem. Sabe onde estão seus pontos fracos. Passaram muito tempo juntos, serão adversários e terão muito respeito entre eles. Depois dos 90 minutos, voltarão a ser amigos”, salientou.

França e Uruguai se enfrentarão nesta sexta-feira, às 11h (de Brasília), no estádio Nizhny Novgorod, pelas quartas de final da Copa do Mundo.

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