Técnico da seleção uruguaia admite querer Salah em campo pelo Egito

  • Por EFE
  • 14/06/2018 18h00 - Atualizado em 14/06/2018 18h14
EFE Óscar Tabárez concede entrevista coletiva na véspera do confronto entre Uruguai e Egito

O técnico da seleção uruguaia, Óscar Tabárez, afirmou nesta quinta-feira (14) que ficará feliz se o atacante egípcio Mohammed Salah conseguir estar em campo na partida desta sexta, em Ecaterimburgo, pela primeira rodada do grupo A da Copa do Mundo. “Gostaria que Salah jogasse. Ficaria feliz por ele depois de tudo que aconteceu com ele na final da Liga dos Campeões. Desperta solidariedade. Não é a primeira vez que isso acontece no futebol. Pode acontecer em qualquer momento”, disse o veterano comandante.

Salah, atuando pelo Liverpool, machucou o ombro direito durante uma disputa com o espanhol Sergio Ramos, do Real Madrid, na final da Liga dos Campeões, e era dúvida para a Copa. “Não sei se ele jogará, porque fez a recuperação na Inglaterra com privacidade. Não vamos montar um esquema diferente da equipe levando em consideração se ele jogará ou não. Mas é um talento do futebol, como Neymar, Messi, e é preciso tomar precauções e tentar controlar os seus pontos fortes, que são muitos”, afirmou.

Tábarez também falou sobre o treinador do Egito, Héctor Cúper, que conheceu em 1991, quando treinava o Boca Juniors e o argentino era seu jogador. “No ano em que eu comandava o Boca, ele era jogador. Depois, começou a carreira de treinador. É um discípulo de Carlos Griguol, que ganhava de times grandes com times pequenos. Foi eleito o melhor treinador da África, tem um jogador como Salah, um dos melhores do mundo. Vamos tentar controlar as suas virtudes e fazer prevalecer as nossas, se é que as temos”, disse o técnico da Celeste.

Na Rússia, o técnico irá comandar a seleção pela quarta Copa seguida. Tábarez diz que o que mais lhe surpreende é como o futebol mudou nesses anos. “Quando começamos em 2006, depois da Copa de 1990, um dos nossos objetivos era realocar o futebol uruguaio no futebol mundial. As mudanças foram espetaculares. Não é o mesmo de 90. O mundo é outro. O Uruguai, no início, era uma potência que ganhou duas Copas quando não existia a taça Jules Rimet. Depois, venceu em 1930, em 1950 e até 1954 não perdeu uma partida na Copa do Mundo”, relembrou.

Tabárez lembrou que a seleção uruguaia atual é o resultado de um projeto de longo prazo e que está dando frutos em um país que tem somente três milhões de habitantes. “Quando surge um jogador no Uruguai, surgem 20 no Brasil. É um período longo e agora me dei conta de que, quando o Uruguai foi campeão da América, Federico Valverde, tinha onze anos. Agora está com a seleção nacional. Isso nos satisfaz”, disse o comandante, em referência ao meia que pertence ao Real Madrid, que tem 19 anos.

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