Xô, fantasma! Jesus marca, e Brasil bate Alemanha em 1º encontro após 7 a 1
Seria um estúpido exagero falar em revanche. Mas não é errado afirmar que a Seleção Brasileira enfrentou, com sucesso, um dos maiores fantasmas de sua história nesta terça-feira, em Berlim. Diante de uma Alemanha extremamente desfalcada, mas ainda assim muito forte, o Brasil teve outra sólida atuação sem o lesionado Neymar e venceu os atuais campeões mundiais por 1 a 0, no Estádio Olímpico.
Este foi o primeiro encontro entre Brasil e Alemanha depois do 7 a 1. E coube a Gabriel Jesus, jovem que, em 2014, pintava as ruas do Jardim Peri para acompanhar a Copa, marcar o gol da vitória brasileira no último amistoso antes da convocação final ao Mundial de 2018.
A lista dos 23 convocados será anunciada na primeira quinzena de maio – muito provavelmente no dia 11. A apresentação em Teresópolis está agendada para o dia 21 de maio, e, antes da estreia na Rússia, contra a Suíça, em 17 de junho, o Brasil ainda fará mais dois amistosos: contra a Croácia, dia 3 de junho, em Londres, e diante da Áustria, no dia 10, em Viena.
Alemanha joga com “time B”. Brasil, sem Neymar
Brasil e Alemanha não jogaram com força máxima nesta terça-feira. Neymar (recém-operado) não foi convocado por Tite, enquanto Manuel Neuer (machucado), Mesut Özil (poupado) e Thomas Müller (poupado) sequer foram relacionados pelos donos da casa. Além deles, Hummels, Hector, Khedira e Werner, que costumam ser titulares, ficaram no banco. Se o Brasil “só” teve a baixa de seu camisa 10, Löw escalou uma equipe com apenas quatro titulares: Kimmich, Boateng, Kroos e Draxler.
Poucos “remanescentes” do 7 a 1
Somente seis jogadores estiveram em campo no 7 a 1 e no amistoso desta terça-feira: Boateng e Kroos pela Alemanha; Marcelo, Fernandinho, Paulinho e Willian pelo Brasil. Por sua vez, apenas Boateng, Kroos, Marcelo e Fernandinho foram titulares em ambos os jogos.
Gabriel Jesus perde um, mas faz outro
Sem a bola, inteligência na ocupação de espaço e muita pressão nos defensores adversários. Com ela, talento e calma na iniciação das jogadas. Ao contrário de quatro anos atrás, Brasil e Alemanha fizeram um jogo bastante equilibrado nesta terça-feira. Até o intervalo, no entanto, poucas chances foram criadas. A Alemanha assustava apenas em cruzamentos para a área, enquanto o Brasil só se insinuava quando roubava a bola no campo de ataque.
A primeira grande oportunidade surgiu somente aos 36min. Gabriel Jesus recebeu em profundidade, deixou Boateng no chão (novidade?), mas, frente a frente com a meta alemã, isolou. Problema? Nenhum. Um minuto depois, o camisa 9 aproveitou cruzamento de Willian e cabeceou firme, no centro do gol. Trapp espalmou para dentro, e o Brasil foi aos vestiários com vantagem mínima no placar.
Paulinho: meia ou atacante?
Em teoria, Tite escalou um meio-campo mais defensivo para o jogo desta terça. A presença de Fernandinho ao lado de Casemiro, no entanto, deu ainda mais liberdade a Paulinho. O volante do Barcelona voltou a se destacar com as suas famosas infiltrações e, em muitas oportunidades, jogou ao lado de Gabriel Jesus no comando de ataque. No segundo tempo, ele, Phillipe Coutinho e Willian criaram boas tramas na entrada da área adversária.
Lá vêm eles de novo?
A expressão que Galvão Bueno eternizou no 7 a 1 não coube no amistoso desta terça-feira. Se empilhou oportunidades na semifinal da Copa de 2014, a Alemanha praticamente não fez Alisson trabalhar em Berlim – a única defesa importante foi feita após finalização de Draxler, aos 47min do segundo tempo. Sem conseguir furar o meio-campo brasileiro, o time da casa só assustou em levantamentos para a área. Mesmo assim, Miranda e Thiago Silva fizeram partida quase perfeita e frustraram todas as tentativas alemãs. Tite, definitivamente, acertou em escalar uma equipe mais conservadora.
Douglas Costa entra bem e dá elástico
Se teve alguém que aproveitou os dois últimos amistosos antes da convocação final à Copa, esse alguém foi Douglas Costa. O ponta da Juventus, que já havia se destacado na vitória por 3 a 0 sobre a Rússia, entrou no lugar de Philippe Coutinho no segundo tempo (foi a única substituição de Tite no jogo) e desempenhou muito bem. Deu novo gás ao contra-ataque brasileiro pelo lado esquerdo e, já nos minutos finais, arrancou suspiros da torcida alemã com um lindo elástico sobre dois marcadores.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.