Apático, Tite se despede da Seleção e explica por que Neymar foi escolhido para bater último pênalti

Técnico do Brasil realizou seu último jogo no comando técnico da equipe pentacampeã; eliminação para a Croácia aconteceu sem a cobrança do principal jogador brasileiro

  • Por Jovem Pan
  • 09/12/2022 17h05
Lucas Figueiredo/CBF Tite Técnico Tite realizou a sua última partida no comando da seleção brasileira após ser desclassificado pela Croácia, nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar

Em seu último jogo como técnico da Seleção Brasileira, Adenor Leonardo Bachi, o Tite, foi à tribuna na tarde desta sexta-feira, 9, explicar os motivos que levaram seus comandados a serem desclassificados da Copa do Mundo do Catar. Apático e com poucas palavras, o comandante informou que Neymar – que não cobrou um dos pênaltis que culminaram na eliminação brasileira contra a Croácia – seria o batedor da quinta e decisiva cobrança. “Fica a pressão maior para o jogador de maior qualidade”, justificou. Nas suas palavras, o Brasil não postou-se de maneira desorganizada durante a prorrogação. “Não concordo, estávamos numa ação ofensiva”, disse após ressaltar que os croatas tiveram apenas uma finalização no gol, a que resultou no empate. Ao ser questionado sobre sua saída do campo após o fim do jogo sem esperar os jogadores, que ainda estavam no gramado, Tite considerou que sua atitude “talvez” não tenha sido a mais adequada, mas ressaltou seu perfil reservado. “Não é na vitória, não é na vitória. Tu viu eu comemorando quando nós vencemos? Viu? Não, né. É o estilo”, pontuou. Adenor também lamentou a falta de efetividade da equipe e classificou esta como a principal deficiência coletiva no embate das quartas de final. Em comparação o técnico relembrou o confronto nas oitavas, contra a Coréia do Sul, quando a seleção marcou quatro gols. “Talvez a pressão não foi suficiente. Dividimos a alegria e a tristeza. Ninguém mais que nós queríamos [o título]. Tem uma geração bonita surgindo, vai se fortalecendo nas adversidades. Todos somos responsáveis. Não tem herói ou vilão. Futebol é assim”, considerou. Por fim, em uma das últimas coletivas como chefe da ‘amarelinha’, esquivou-se de realizar uma análise de seu trabalho nas últimas duas Copas do Mundo. “Vocês fazem os comentários de vocês daquilo de aconteceu. Está à mostra para análise. Não tenho condições de avaliar todo o trabalho”, finalizou.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.