Zagueiro da Bélgica critica veto da Fifa a braçadeiras de capitão ‘One Love’
Vertonghen reclama da decisão e vê medida como forma de controle por parte da entidade; belgas entram em campo nesta quarta-feira, 23
O zagueiro Jan Vertonghen, da Bélgica, criticou o veto da Fifa a braçadeira de capitão “One Love” na Copa do Mundo 2022. Um dos líderes do elenco, Vertonghen deixou claro que não aprovou a decisão e vê medida como forma de controle da Fifa. A Bélgica estreia nesta quarta-feira, 23, às 16 horas (horário de Brasília), contra o Canadá, pelo Grupo F do Mundial. “É uma pergunta difícil. Se você fizer um protesto agora, você estaria punindo a si próprio. Eu não me sinto confortável agora. A gente foi colocado em uma situação muito difícil. Eu nunca vivi uma situação assim. E espero nunca mais viver. Não é algo legal. Nós estamos sendo controlados. Eu não sei o que dizer. A gente está aqui para jogar. Mas estamos dizendo coisas normais. Se não posso dizer “não à discriminação”, eu não deveria dizer nada. Porque amanhã eu posso não estar em campo para o jogo. Acho que isso diz o suficiente”, disse o zagueiro, durante entrevista nesta terça-feira, 22. A Bélgica e outros seis países optaram decidiram não usar a braçadeira com as cores do arco-íris, criada como uma forma de protesto contra as leis anti-LGBTQIA+ do Catar, criticado por suas leis contra os homossexuais, além da exploração dos trabalhadores imigrantes. Antes da bola rolar para a partida entre Inglaterra e Irão, jogadores da seleção inglesa se ajoelharam em campo em protesto contra a medida da Fifa. Capitão da Inglaterra, Harry Kane foi ao gramado com uma braçadeira dada pela entidade com a frase “No discrimination” (Não à discriminação). Além de Bélgica e Canadá, o Grupo F conta com Marrocos e Croácia, que se enfrentam às 7 horas (horário de Brasília) desta quarta-feira.
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