Corinthians “dá show” com sócio-torcedor e ousa: quer 40 mil de média

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2016 16h33

Corinthians lidera o ranking de sócios-torcedores do Brasil e tem a melhor média de público do ano

Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians Corinthians lidera o ranking de sócios-torcedores do Brasil e tem a melhor média de público do ano

Seja em um clássico, diante de um time estrangeiro pela Libertadores ou contra uma equipe pequena no Campeonato Paulista: se o Corinthians vai jogar na sua Arena, pode apostar que o público será excelente para os padrões brasileiros. Virou rotina ver o estádio de Itaquera cheio em partidas do clube alvinegro. Não importa o dia, não importa o horário e muito menos o torneio.  

Muito disso se deve ao eficiente programa de sócio-torcedor do Corinthians. O Fiel Torcedor, que foi lançado em 2008, quando o Timão ainda mandava os seus jogos no Pacaembu, hoje é um sucesso absoluto. Referência no País, o programa dá pontos aos fãs mais frequentes no estádio e os privilegia na compra de ingressos de futuras partidas. O corintiano aprendeu a lição: para conseguir ir a um jogo grande, terá de estar na Arena em uma partida de pouco apelo.  

Dependendo do plano adquirido, o torcedor ainda recebe benefícios, como descontos nas entradas. A consequência de um plano tão bem elaborado? É a melhor possível. Hoje, o Corinthians é o clube brasileiro com o maior número de sócios-torcedores, com quase 144 mil, e também o que mais pessoas coloca em média em seu estádio no ano: 32.699. Mas se engana quem pensa que a satisfação é plena.  

Em entrevista exclusiva a José Manoel de Barros para o Plantão de Domingo, da Rádio Jovem Pano coordenador de operações do Corinthians, Lúcio Blanco, comemorou o sucesso absoluto do Fiel Torcedor, mas admitiu que o clube ainda tem o objetivo de ampliar a média de público da Arena em Itaquera. Hoje, depois de muitas ampliações, o estádio tem capacidade de receber 47.500 por partida de futebol – e a ocupação média no ano é de 72%. 

Na Arena, eu acredito que vamos demorar um ano e meio, dois anos, para poder ter a medida certa de todos os processos, mas o nosso objetivo é ter uma média de público acima de 40 mil pessoas. É com essa proposta que estamos trabalhando e, obviamente, sempre com o pensamento de tratar bem o torcedor, porque ele é o nosso maior patrimônio”, afirmou Blanco.

O que assusta é que, entre 2000 e 2007, quando o Corinthians ainda não havia lançado o seu programa de sócios-torcedores, a média de público do clube era de aproximadamente 14 mil pessoas por jogo. E o detalhe: na ocasião, o preço médio dos ingressos não superava os R$ 20,00. Hoje, o público alvinegro é quase três maior, e o valor médio das entradas, também. Um bilhete para jogos do Corinthians na Arena custa, em média, R$ 57,00. Como é possível um clube vender o ingresso mais caro do Brasil e ter a melhor média de público do País? 

A explicação para este questionamento, segundo Blanco, passa pela qualidade do atendimento oferecido pelo estádio que sediou a abertura da última Copa do Mundo. Hoje, mais do que ver um jogo, o fã corintiano vai à Arena para se divertir e ser bem tratado. “Óbvio que o torcedor quer ver o time que está jogando bem, que é o que está acontecendo com o Corinthians, mas também existe um torcedor que está voltando ao estádio e que quer um atendimento diferenciado“, afirmou. 

Foi um processo educativo. A primeira medida foi criar mecanismos que fizessem o torcedor entender as vantagens de comprar ingresso com antecedência. E a meta do nosso cio-torcedor é atender bem o cliente que está dentro do programa. Se a gente fizer isso e ainda aumentar o número de sócios, ótimo. Mas não é a nossa prioridade. A gente preza primeiro por um bom atendimento, encerrou. 

Se continuar assim, não será nada surpreendente que a média de público superior aos 40 mil seja de fato alcançada pelo Corinthians. Se, dentro de campo, o time foi campeão brasileiro e segue esbanjando eficiência sob o comando de Tite, fora dele, também é referência quando o assunto é torcida.

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