Corinthians perde quinto mata-mata seguido em casa e cai na Libertadores
O Corinthians entrou na Arena precisando de uma vitória simples sobre o Nacional depois do empate sem gols em Montevidéu, mas diante do incômodo de ter sido eliminado em casa seguidamente nos últimos quatro mata-matas disputados. Pela frente, um adversário sem derrotas fora de casa nesta edição da Libertadores.
O jogo começou ruim para os donos da casa. O time uruguaio apertou a marcação no início até que Nicolás López pegou uma sobra na pequena área e abriu o placar. O Timão não se assustou com o gol e continuou trocando passes no campo de ataque, obrigando os visitantes a se fecharem.
A primeira chegada alvinegra veio com Bruno Henrique, que teve boa chance em escanteio cobrado por Giovanni Augusto, mas desviou à direita do gol. Aos 14 minutos, em nova investida corintiana, Lucca ficou com a bola após André não dominá-la e bateu na saída do goleiro. Tudo igual.
Depois do empate, o Nacional insistia pelo lado direto do campo e tentava ditar o ritmo do jogo, mostrando o tradicional estilo do futebol uruguaio, cheio de raça e vigor nas disputas de bola. A postura ofensiva dos visitantes surtia efeito e, sem conseguir trocar passes, o alvinegro recorria ao chutão.
Até então apagado no jogo, Elias quase trouxe o segundo gol. O camisa sete partiu com a bola dominada, passou pelos marcadores e rolou para Lucca, que parou no goleiro Esteban Conde. A essa altura, o Timão mostrava força para virar o jogo. Aos 38, Fagner descolou bom cruzamento e Rodriguinho quase fez de cabeça.
O controle da partida não impediu o Corinthians de tomar novo susto: em um passe displicente de Giovanni Augusto, o time uruguaio partiu em velocidade e só não marcou o segundo porque Cássio salvou. O primeiro tempo se encerrou com clima tenso e muita discussão entre os jogadores. Para sair com a vaga, o Timão precisava ser mais agudo. As infiltrações com Elias e Giovanni Augusto foram raras no primeiro tempo.
O Corinthians começou o segundo tempo com a bola, mas sem muita inspiração. Sem conseguir finalizar, acabou castigado pelo segundo gol do Nacional. Aberta, a defesa alvinegra não impediu a finalização de Romero no canto esquerdo de Cássio, em contra-ataque do time uruguaio.
Em seguida, Tite mexeu para tentar buscar a classificação: sacou Giovanni Augusto e Lucca e colocou Marquinhos Gabriel e Romero. Aos 24, foi para o tudo ou nada e colocou Danilo no lugar do volante Bruno Henrique. Com o campo de ataque povoado, o treinador esperava envolver o time uruguaio e conseguir finalizar as jogadas com André, Danilo e Romero.
Pelo alto, o Corinthians teve ótima chance com Romero, mas Conde fez grande defesa. Aos 37, pênalti em cima de Marquinhos Gabriel. André cobrou muito mal, Conde até encaixou a bola. Se saísse o gol, a partida pegaria fogo. E foi o quinto pênalti perdido pelo time em sete oportunidades em 2016.
O Timão partiu para o “abafa” nos minutos finais e conseguiu outro pênalti. Em disputa dentro da área, Polenta tocou a bola com a mão. Quem cobrou desta vez foi Marquinhos Gabriel, e ele converteu. 2 a 2. Nos acréscimos do jogo, a torcida corintiana ainda tinha esperanças. E Romero até teve a chance da classificação, aos 49, mas chutou pra fora.
Com o empate, o Nacional saiu classificado da Arena Corinthians e vai encarar o vencedor de Boca Juniors e Cerro Porteño, que jogam amanhã, às 21h45, na Argentina. No jogo de ida, o time argentino venceu por 2 a 1 e pode até perder por 1 a 0.
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