Corinthians vai ajudar Palmeiras, mas Arouca deve pegar gancho pesado

  • Por Jovem Pan
  • 05/09/2016 14h22
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Arouca testou positivo para triancinolona antes da partida contra o Inter Cesar Greco/Agência Palmeiras Arouca testou positivo para triancinolona antes da partida contra o Inter

Suspenso preventivamente por 30 dias após ser pego no exame antidoping, Arouca contará com uma ajuda do Corinthians para se livrar da condenação no julgamento que deve ocorrer entre o fim de setembro e o início de outubro. O fato foi revelado pelo médico alvinegro, Dr. Joaquim Grava, mas, de acordo com informações do jornalista Flávio Prado, da Rádio Jovem Pan, pode não adiantar de nada. Tudo porque, segundo Flávio, o departamento médico palmeirense exagerou na dosagem do medicamento aplicado no jogador, e isto deverá render gancho pesado por parte do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).  

Em entrevista exclusiva ao repórter Fredy Junior, da Rádio Jovem Pan, o médico do Corinthians se solidarizou com o atleta do Palmeiras e disse que o clube alviverde está liberado para utilizar pesquisas acadêmicas desenvolvidas pelo departamento médico alvinegro na defesa de Arouca. Elas foram feitas pelo Corinthians durante o caso Yago.

“Os trabalhos acadêmicos que foram apresentados no caso do Yago são mundiais. Nós colhemos na literatura. Certamente, o departamento médico do Palmeiras, com toda a sua competência, vai utilizá-los. Acredito que o caso Yago já se tornou uma jurisprudência para este caso do Arouca“, admitiu Joaquim Grava. 

Zagueiro do Corinthians, Yago também foi flagrado em um exame antidoping neste ano. Antes de um jogo contra o Santos, em março, pelo Campeonato Paulista, o atleta testou positivo para o anti-inflamatório betametazonaproibido na lista da Agência Mundial Antidopagem (Wada). 

O defensor foi julgado e só teve de cumprir a suspensão preventiva de 30 dias. A punição foi branda porque o departamento médico do Corinthians aplicou a substância de maneira intra-articular  legal do ponto de vista jurídico -, e não intra-muscular ou oral – essas, sim, proibidas pela Wada. 

O mesmo aconteceu com Arouca. O volante do Palmeiras, que foi submetido a uma cirurgia em junho, apresentou um processo inflamatório no joelho esquerdo antes da partida contra o Inter, em julho, e foi medicado com triancinolona – corticoide parecido com o betametazona flagrado em Yago. 

O palmeirense foi pego no antidoping, mas também usou a substância por meio de uma infiltração, ou seja, de maneira intra-articular – forma permitida pela Wada. No caso de Arouca, por sinal, a aplicação da substância nem poderia ser feita de outro jeito, já que a triancinolona trata de problemas no joelho – articulação do corpo humano. 

Os casos do Yago e do Arouca são parecidos. Em ambos, foram adotadas condutas que nós, ortopedistas, usamos sempre. É uma coisa legal. Não tem nada que possa condenar o Arouca neste caso“, garantiu Joaquim Grava. “E caso do Arouca é muito pior que o do Yago, porque o medicamento que foi usado por ele só poderia ser feito de maneira intra-articular. Ou seja, foi um absurdo“, acrescentou.  

O Palmeiras está tão confiante de que Arouca não será punido, que sequer pediu a contraprova do exame em que o jogador testou positivo. O clube tomou esta decisão para acelerar o processo e defender o atleta o quanto antes no julgamento que será realizado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD)  a data ainda não foi definida.

Ao que tudo indica, o volante só receberá uma pena pesada se o departamento médico alviverde tiver exagerado na dosagem do medicamento – algo que, de acordo com informações do jornalista Flávio Prado, da Rádio Jovem Pan, aconteceu. Segundo Flávio, o Palmeiras ultrapassou o limite de 30mg e aplicou mais de 60mg de triancinolona no joelho esquerdo de Arouca  infringindo uma lei da Wada que foi modificada depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Neste caso, o volante pode fazer companhia ao atacante Alecsandro e pegar dois anos de gancho.

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