Com emoção e aplausos, corpos de jogadores da Chapecoense deixam a Colômbia

  • Por Estadão Conteúdo
  • 02/12/2016 18h43
COL - COLÔMBIA/TRAGÉDIA - ESPORTES - Caixões com os corpos das vítimas de acidente aéreo ocorrido na última terça-feira (29), em Medellín, envolvendo a delegação da Chapecoense chegam à base militar de Rio Negro, na Colômbia, para serem transportados ao Brasil em aeronaves da Força Aérea Brasileira, nesta sexta-feira, 02. 02/12/2016 - Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO CONTEÚDO MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO CONTEÚDO Caixões com os corpos das vítimas do acidente aéreo são colocados nos aviões da FAB

Sob forte emoção e aplausos dos colombianos, os corpos dos jogadores da Chapecoense embarcaram rumo ao Brasil por volta das 16 horas (19 no horário de Brasília), em Medellín, na Colômbia. Antes do embarque, os corpos percorreram ruas da cidade em cortejo fúnebre, acompanhado por demonstrações de carinho e homenagens do povo local.

As três aeronaves Hércules da Força Aérea Brasileira foram até a Colômbia para levar os corpos até Chapecó, onde neste sábado será realizado o velório. A última viagem das vítimas do voo da companhia aérea colombiana LaMia começou por volta das 12h40min de Medellín, onde saíram da funerária em cortejo à base militar do aeroporto, cerca de 35km distante. Nas duas horas de deslocamento, mais carinho e comoção.

Os colombianos saíram às passarelas e ruas para aplaudir. Alguns carregavam bandeiras ou camisas do Nacional de Medellín, time que enfrentaria a Chapecoense na final da Copa Sul-Americana, na quarta-feira. Outras pessoas levaram nas mãos lenços brancos. Nas casas, bandeiras do Brasil e muita gente no portão acompanhou atentamente o cortejo, que fez a prefeitura fechar as ruas para o trânsito.

Na chegada à base área, militares brasileiros e colombianos se uniram para a cerimônia. Um corredor de militares demarcou o caminho dos caixões até a parte interna dos aviões. No trajeto, o aeroporto ficou silencioso. Apenas os acordes tristes da corneta demarcavam o lento avanço dos corpos. A bandeira da Chapecoense adornava o caixão. O escudo do clube, aliás, estava bordado no uniforme de alguns militares.

Antes de entrar no avião, a bênção de um padre local, com direito a referência à padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Jornalistas de vários países estiveram na pista do aeroporto para registrar as últimas e tristes imagens da equipe catarinense, que fez história a ser a primeira do seu Estado a chegar a uma final de competição internacional.

Os aviões saíram de Medellín e seguiram por um voo de quatro horas de duração para Manaus. No Amazonas, uma parada técnica de 1h30 para reabastecimento vai anteceder o trecho final. Serão mais 6h30min para Chapecó, onde no funeral, neste sábado, as vítimas voltam a ter uma despedida com emoção e mais aplausos.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.