Costa Rica surpreende, bate tetracampeã Itália e garante classificação
O público da Arena Pernambuco pôde ver a Costa Rica surpreender mais uma vez, na tarde desta sexta-feira. Após bater o Uruguai na estreia, os caribenhos dominaram e venceram a Itália por 1 a 0, garantindo a sua classificação para a próxima fase no grupo da morte da Copa do Mundo, que conta com três campeões mundiais.
A vitória faz com que o elenco comandado José Luis Pinto iguale a melhor campanha da história do país da América Central, que chegou às oitavas-de-final no Mundial de 1990.
Na última rodada, a surpresa desta edição da Copa enfrenta a Inglaterra. A Itália terá uma decisão dura contra o Uruguai, em jogo que valerá a segunda vaga do grupo.
Fomos surpreendidos novamente
O time da América Central mostrou logo de início que iria dificultar a vida dos italianos da mesma forma que fizeram com os uruguaios na estreia. Abusando de jogadas pela direita, a equipe conseguiu um escanteio e assustou logo aos 7, quando Buffon saiu mal e Borges cabeceou para fora.
A Itália conseguia ter a posse de bola, mas pecava nos erros de passe, principalmente no momento em deixar os homens de frente em condições de marcar.
A defesa italiana fechava bem os espaços com Chiellini e Barzagli, principalmente na neutralização de Campbell, homem mais perigoso do ataque costarriquenho.
O primeiro lance de perigo efetivo do jogo aconteceu quando Pirlo, aos 31, lançou Balotelli. O artilheiro tocou por cobertura, mas a bola saiu pela linha de fundo, desperdiçando grande chance de abrir o placar.
Dois minutos mais tarde, o centroavante recebeu em posição ilegal e chutou forte para a defesa de Keylor Navas em dois tempos.
A Costa Rica não se assustou e voltou a atacar. Bolaños mandou belo chute e Buffon espalmou. Aos 43, Campbell recebeu contra Chiellini e Barzagli e cortou no meio dos dois. O primeiro deu um tranco nas suas costas e o atacante caiu pedindo pênalti, ignorado pelo árbitro para a revolta de todos no banco de reservas.
O castigo italiano veio no minuto seguinte, quando Bolaños levantou na área e Bryan Ruiz subiu mais que todo mundo para desviar para o gol. A bola ainda bateu no travessão antes de cair depois da linha.
Defesa sólida garante o resultado
As duas equipes tiveram uma discussão no caminho para os vestiários e voltaram ainda mais acesas para a etapa final. Cesare Prandelli sacou Thiago Motta e mandou Cassano para reforçar a ligação ofensiva no meio.
Na primeira chance, Darmian fez grande jogada e finalizou bem, mas Navas defendeu. O técnico da Azzurra tirou o lateral Candreva e colocou Insigne no ataque, deixando espaços para contra-ataques.
Andrea Pirlo teve chance de empatar em cobrança de foto e Navas apareceu bem para salvar. Os costarriquenhos se defendiam bem e não davam espaços para a linha de frente europeia.
Eles tiveram bom contra-ataque com Campbell, mas o jogador do Arsenal da Inglaterra passou mal de calcanhar para Ruiz.
Prandelli colocou o atacante Cerci em campo para aumentar a pressão, porém os caribenhos pareciam tranquilos com o esquema armado pelo colombiano Jorge Luis Pinto. Bolaños e Ureña voltavam para pressionar Pirlo e Marchisio, homens responsáveis pela ligação meio-ataque da Itália.
Insigne recebeu boa bola aos 36, dominou bonito e quis fazer de voleio, mas isolou. O nervosismo tomou conta no final e a Itália voltou a sofrer com os sucessivos erros de passe. Só restou para os costarriquenhos comemorarem e os italianos se preocuparem, já que terão uma guerra para travar contra o Uruguai pela última vaga do grupo.
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