Cotado na Inter, Leonardo diz que não é “homem certo” para assumir o clube

  • Por EFE
  • 02/11/2016 13h55
Facebook/Reprodução Leonardo - Milan

O ex-jogador brasileiro Leonardo, que treinou a Inter de Milão entre 2010 e 2011, afirmou nesta quarta-feira que não é o “homem correto” para assumir o comando do clube, que busca um técnico após a demissão do holandês Frank de Boer ontem.

Em entrevista à emissora “Sky Sports”, Leonardo avaliou que os empresários chineses que compraram a Inter ainda não estão preparados para entrar no mundo do futebol. Nem mesmo a Itália estaria pronta para receber o capital do Oriente.

“Fico feliz que meu nome tenha sido colocado entre os alvos do Inter, mas acredito que tenha sido mais pela minha experiência anterior do que pelo presente. Hoje eu não seria o homem correto para a Inter”, afirmou o ex-jogador, que depois de deixar o clube italiano voltou à carreira de dirigente no Paris Saint-Germain.

Leonardo disse que o clube “nerazzurri” está vivendo uma situação complicada e destacou que é algo normal devido às recentes mudanças de dono – de Massimo Moratti para o indonésio Erick Thohir até a venda para o grupo Suning, da China.

“É complicado, a Inter começou mal e era difícil conseguir os resultados desejados. Acredito que é normal. Não podemos nos esquecer que a Inter mudou de dono duas vezes em três anos. Chegaram pessoas que têm que entender aonde estão. Nem os chineses estão preparados para entrar no futebol, nem a Itália está pronta para receber o capital oriental”, explicou Leonardo.

Em relação à escolha do novo técnico, o ex-jgador disse que é preciso atuar com “muita calma”. “A situação é incompreensível. É fundamental ter muita calma depois do que ocorreu. É preciso ter clareza no nível da direção antes de tomar uma decisão. Nesse momento, é necessário investir tempo”, destacou.

O brasileiro, que também trabalhou como dirigente do rival Milan, afirmou que a Inter precisa de um “intermediário” entre os donos do clube e a direção para “facilitar a comunicação”.

A dificuldade no setor foi um problema destacado por muitas figuras ligadas ao clube, entre eles Giuseppe Bergomi e o técnico Roberto Mancini, demitido para a chegada de De Boer.

Mancini afirmou na semana passada que era muito complicado tomar decisões na Inter, já que era preciso haver acordo entre o chinês Zhang Jindong (maior acionista do grupo que comprou o clube), Thorir, Michael Bolingbroke, executivo-chefe, e Piero Ausilio. 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.